DIVERSOS | 07/02/2019 às 15h58

ENTREVISTA: MINISTRA DETALHA SUAS INTENÇÕES PARA O AGRO

Em um momento histórico para o Estado, Mato Grosso do Sul tem uma “filha da terra” à frente da pasta do Governo Federal, mais importante para o setor produtivo, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias é campo-grandense, engenheira agrônoma e pecuarista, já exerceu o cargo de Secretária Estadual de Produção, Deputada Federal e atualmente é ministra no governo do Presidente da República, Jair Bolsonaro. Em janeiro ela esteve no Sindicato Rural de Campo Grande para conversar com produtores de leite de Mato Grosso do Sul, que demonstraram grande expectativa quanto a melhorias ao setor.

Em entrevista a Ministra também esclareceu seus projetos já desenhados nesse curto tempo de gestão.

  

Por Priscilla Peres Agro Agência Assessoria.

 

O setor leiteiro pode esperar novas alternativas econômicas e valorização dessa matéria-prima?

A gente conhece um pouquinho desse setor e sabemos que o leite, além de ser um setor que representa uma parte muito forte da economia do nosso Estado, mas também na área social, ele representa muito o social. Por que nós temos pequenos agricultores que tem o leite como sua principal atividade de renda mensal. A agricultura dá uma renda maior, mas ela demora 60 dias, 90 dias, o leite é diferente, todo mês você tira uma renda, então a gente sabe que às vezes a renda é muito pequena, mas tem gente que vive dela.

 É um setor que precisa se organizar, precisa ter uma política de Estado, uma política pública para que você deixe de ter esse sobe e desce do preço de maneira tão bruta, como hoje acontece, e nós precisamos qualificar, tecnificar, baixar preço dos produtos que podem ser importados para facilitar a vida do produtor de leite, que são bem mais baratos lá fora. Nós vamos brigar para tirar as taxas de importação, enfim, tem várias coisas que vamos trabalhar para que essa cadeia produtiva seja mais bem sucedida do que ela tem sido nos últimos tempos.

Há expectativas de novos mercados para pecuária de corte?

Com certeza, temos sim. Nós estamos trabalhando o Japão, que já deu sinal verde, agora é entrega de documentos e missão pra lá e para cá, temos a oportunidade. Nós estamos também trabalhando a Indonésia, a sensibilização já foi começada, temos alguns países asiáticos que vamos tentar, como Vietnã, que são menores em população, mas que vamos iniciar uma conversa. Devo fazer uma viagem pra Ásia em março para conversar com esses países e também aqueles que a gente já exporta, para fazermos a manutenção desses mercados.

O plano safra, no formato atual, atende a demanda da agricultura? Aumentarão os valores disponíveis?

Nós começamos a discutí-lo, ele nunca atendeu a nossa agricultura, que hoje é muito grande, mas nós vamos ter que fazer um novo modelo e é isso que estamos discutindo agora no Ministério da Agricultura, mas ainda não temos respostas de como ele irá ficar.

Há alguma orientação aos produtores rurais que dividem duas terras atualmente com indígenas?

O que é terra indígena legalmente estabelecido, é terra indígena. O que tem demanda judicial, tem demanda judicial. Aqui o que vamos fazer é discutir com a Funai no Ministério da Agricultura, mas ainda é uma coisa muito nova, mas nós vamos tentar ao máximo diminuir os conflitos existentes hoje entre produtores e indígenas em todo o Brasil.

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