A consultora Beatriz Brito coordena o Programa “Eu e minha empresa familiar”. O objetivo é tornar pessoas integrantes da mesma família capazes de identificarem o seu papel e atuação na empresa familiar, visando promover o desenvolvimento em todos aspectos. O Programa acontecerá em Campo Grande (MS), em dois módulos, o primeiro nos dias 24 e 25 de maio e o segundo em 22 e 23 de junho.
Entre os conteúdos abordados pela especialista em desenvolvimento de líderes e empresas familiares, estão o autoconhecimento, direitos e deveres, governança familiar e corporativa, finanças e jurídico, apresentação de casos reais, valores e comunicação.
Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de La Empresa Familiar de Barcelona, Espanha, a cada 100 empresas familiares apenas 13 chegam a terceira geração. Segundo Beatriz isso se dá por vários motivos, entre eles a ausência de objetivos comuns, pouca harmonia familiar, maturidade do negócio e situação financeira.
Uma segunda pesquisa realizada pela PwC, com 2802 líderes executivos de empresas familiares, em 50 países, incluindo o Brasil, entre maio e agosto de 2016, revela que das empresas brasileiras, apenas 19% têm um Plano de Sucessão Estruturado (15% no mundo), ou um Plano de Continuidade, como prefere chamar a consultora.
“A ausência deste Planejamento, tanto da família quanto do negócio é uma receita certa para contribuir com o desastroso número de apenas 13% de sobreviventes ao longo de apenas 3 gerações e míseros 3% passam da quarta geração. Com este insucesso enterram-se sonhos, projetos de empreendedores arrojados, legado social e financeiro e principalmente jovens potenciais”, pontua Beatriz. “As vezes vender o negócio é uma escolha consciente e um sinal de sucesso. Da mesma forma não sobreviver à transição da liderança, que é o que realmente diz respeito a Sucessão Familiar, indica que a Família falhou na realização das suas ambições e sonhos de longo prazo”, completa.
De acordo com Beatriz o planejamento da família é o ponto de partida, o caminho para a busca de respostas para perguntas que ajudarão a aumentar as chances de negócios ultrapassarem gerações. “Perguntas como: A família compartilha uma visão de futuro? É de claro entendimento quem será(ão) o (os) donos dos ativos e/ou negócios no futuro? A família tem determinado como as decisões serão tomadas pelos futuros donos? Estas e várias outras indagações requerem reflexão e posteriormente ação”, relata.
Foi pensando neste cenário que a consultora desenvolveu o Programa para integrantes de Empresas Familiares, para endereçar boa parte destas perguntas. O projeto educacional pretende oferecer um espaço seguro, confidencial e com metodologia específica para desenvolvimento de adultos nas empresas familiares. “Se queremos melhores e diferentes resultados, precisamos fazer de forma diferente, há que lembrar-se: para herdar tem que se preparar”, encerra Beatriz.
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