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Bem-estar animal influência diretamente na qualidade da carne

/ PECUÁRIA

Os animais possuem direito a saúde, direito à alimentação, bem como o de se expressar normalmente. Assim o pesquisador da Embrapa, Paulo Rosa, define o conceito de Bem-estar animal.

Paulo Rosa, especialista em aves, conta que embora exista a necessidade de tirar a vida do animal, é possível fazer isso de forma ética. "Precisamos minimizar o sofrimento”.

Ele acrescenta, ainda, que os cuidados influenciam diretamente na qualidade da carne. "Os consumidores estão mais exigentes quanto a produção de alimentos saudáveis e, principalmente, com o manejo sem violência. Animais estressados resultam em carnes duras, escuras e secas", diz.

As diretrizes brasileiras de bem-estar animal foram desenvolvidas com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Essas orientações evitam o sofrimento durante o pré-abate e abate. Entre as principais medidas, estão: o abate de forma humanitária e a proibição do uso de objetos que causam dor.

As medidas que garantem a qualidade de vida para frangos de corte, vão desde o manejo há conscientização dos produtores. Segundo Paulo, a higiene é uma das principais ações a serem realizadas. "As aves não podem ficar em um ambiente sujo e amontoadas. Elas precisam de instalações adequadas, como: camas protegidas, para não se ferirem", diz o especialista.

Outro fator importante, é a temperatura. "É fundamental que esteja de acordo com a necessidade da ave. Além disso, elas precisam ter acesso a ventilação e água", conclui Paulo Rosa.

Bem-estar animal para suínos

Para Osmar Dalla, especialista em suínos, é essencial que os porcos tenham espaço suficiente para se locomoverem. “Ambientes pequenos deixam os animais estressados e, principalmente, facilitam a proliferação de doenças”, comenta Dalla.

Dalla diz, também, que a forma de transportar e embarcar os animais é de extrema importância. “Para garantir a qualidade da carne e o bem-estar, é necessário deixar os animais em jejum para o pré-abate. Suínos com estômago cheio defecam e vomitam durante a viagem, aumentando o risco de contaminação das carcaças.

O pecuarista do Mato Grosso, Carlos Olsson, informa ao Portal Uagro que é adepto das boas práticas agropecuárias. “Meus animais têm acesso a alimentação, acompanhamento veterinário e ao abate humanitário”, finaliza Olsson.

Uagro