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Essencial no abastecimento do país transporte rodoviário vai se adaptando a pandemia

/ DIVERSOS

Em tempos de pandemia e consequentes restrições e confinamentos, o transporte rodoviário de carga se tornou ainda mais vital para a garantia do abastecimento do país. Tomando os cuidados necessários, os caminhoneiros seguem transportando insumos essenciais para população. Foram montados através do Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat) 130 pontos de atendimento em rodovias de todo o país, onde são prestados serviços de orientação em saúde com distribuição de kits de higiene e alimentos.

 

Neste cenário, mais um caminhão que em breve “pegará estrada” é o MB 1519. O mercedes de caçamba truk passou um longo período na oficina Santana, onde foi reconstruindo praticamente do zero.

 

“Pegamos o caminhão há nove meses, fizemos uma restauração completa, refizemos a cabine, mexemos na parte mecânica, sistema elétrico, tapeçaria e pintura. Ele chegou sem condições de uso, muitas coisas danificadas, o Alessandro nos autorizou a fazer a desmontagem e começamos a revitalização”, explicou o proprietário da oficina Santana, Valdemir Gomes.

 

 

O empresário e mecânico comentou também sobre como a pandemia tem afetado o seu trabalho e como a ligação com o agronegócio tem contribuído.

 

“Em épocas de safra, nossa demanda de serviço aumenta consideravelmente. São mais caminhões nas estradas e temos muitos clientes ligados à agropecuária, tanto de animais, como de grãos. E essa parceria com o agro tem nos ajudado bastante nesse período de covid-19, já que é um setor que não parou e continua precisando dos nossos serviços”.

 

Impactos no frete

 

De acordo com o Ministério da Infraestrutura, os portos seguem operando normalmente e foi feito um acerto com secretários estaduais de transporte para que não houvesse obstrução de rodovias. Mesmo assim, pesquisa realizada pela plataforma de transportes FreteBras apontou que entre março e abril os fretes rodoviários com destino aos principais portos do Brasil caíram 30%.

 

Em alguns estados, como Mato Grosso, o valor do frete para transporte de grãos já subiu cerca de 8% por falta de caminhões neste período de crise, como mostra o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

 

Wesley Alexandre / Agro Agência