Hospital de MS remete carne vermelha a doenças e SRCG pede esclarecimentos
O Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho – SRCG encaminhou nesta sexta-feira (31) ofício a um hospital da capital, a fim de obter esclarecimento sobre uma campanha que desestimula o consumo de carne vermelha. Junto às refeições, o hospital entrega ao paciente e acompanhante um panfleto com o título: “Doenças causadas pela carne vermelha”.
“Reprovamos a iniciativa, principalmente por ocorrer em uma ambiente hospitalar, onde há a busca por saúde e de informações científicas. Ficamos cientes da ação a partir de pacientes ligados ao meio rural, que fazem atendimento neste hospital e nos vimos na obrigação de solicitarmos informações, por acreditarmos que a campanha, ainda que interna, estimula, com desinformação, o menor consumo da proteína vermelha, responsável por parte do desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso do Sul”, pontua o presidente do SRCG, Alessandro Coelho.
Sem fonte científica o material ainda traz possível benefícios para aqueles que deixam de consumir a carne vermelha, como: melhoria na saúde da flora intestinal, ganho de disposição, melhor aparência da pele, facilidade para perder peso, entre outros.
Segundo estudo realizado pela Embrapa Gado de Corte, no ano 2000, que está em fase de atualização, o consumo da proteína vermelha traz benefícios essenciais para o corpo humano e possui propriedades como: a niacina, biotina, ácido pantotênico, vitaminas B6, B12, além de minerais como ferro, zinco, fósforo, entre outras características.
No documento enviado ao hospital, o Sindicato Rural explica que “mesmo medicamentos, em alto volume, são prejudiciais. Mas de forma alguma, excluir a carne vermelha do cardápio deveria ser uma opção. Muito além da opção da proteína, tratamos aqui de ciência, da dignidade dos trabalhadores rurais, de empregos da cadeia pecuária e da base econômica sul-mato-grossense”.
Por fim, o SRCG pede a contribuição do hospital, sugerindo que repassem as referências científicas para cada uma das informações que constam no panfleto e, se possível, o fim da distribuição do material.
Diego Silva - Agro Agência