Ministério projeta 3 milhões de toneladas de pescado em 2014
Um levantamento realizado em 2013, pelo então ministro da Pesca, Marcelo Crivella, apontou que o mercado da pesca no país está em constante ascensão nos últimos anos, e pode ter um aumento de 500 mil toneladas na produção de 2014.
O levantamento mostrou aumento de de 1,5 milhão de toneladas em 2012 para 2,5 milhões no ano seguinte. . "Ainda não fechamos a avaliação deste ano, mas se nossas expectativas se confirmarem, esperamos atingir 3 milhões", confirma o Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).
A atividade responde por um Produto Interno Bruto (PIB) pesqueiro/aquícola nacional de R$ 5 bilhões, mobiliza 800 mil profissionais e proporciona 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos. A meta é incentivar a produção nacional para atingir a expectativa da FAO (Food and Agriculture Organization, em inglês): tornar o Brasil um dos maiores produtores mundiais, com 20 milhões de toneladas de pescado até 2030.
Só o Plano Safra da Pesca - que contempla os anos de 2012, 2013 e 2014 - destinou R$ 4,1 bilhões em financiamentos para incentivo ao setor.
"Precisamos lembrar que o MPA tem apenas quatro anos. Nesse período, já criamos a Embrapa para pesca e diversos programas de fomento à atividade. Uma coisa é preciso ter clareza: é no pescado onde o Brasil consegue aumentar absurdamente a produção, diferentemente de outras produções animais", afirma o secretário de Infraestrutura e Fomento de Pesca e Aquicultura, Eloy de Souza Araújo.
Para Araújo, o aumento nos níveis produtivos da piscicultura se justifica pela mudança de posição de alguns criadores, "que deixam de criar boi para criar pescado devido à distinção de gastos para a manutenção da atividade - como engordar o boi e alimentar o peixe", diz.
Na Bahia, quinto maior produtor do País, o presidente da Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), Cássio Peixoto, avalia que ainda há muito espaço para crescer.
"Produzimos 100 mil toneladas por ano, mas isso ainda é pouco em vista dos 1.300 km de costa baiana. Importamos 32 mil toneladas e exportamos apenas seis mil toneladas. Nossa meta é chegar a 120 mil toneladas de pescado em cinco anos", estima.
A fim de fomentar a atividade, a entidade conta com um programa de cadastro de profissionais da cadeia que proporciona benefícios aos cadastrados. Segundo Peixoto, são 138 mil pescadores registrados pelo governo federal e, por exemplo, quem trabalha na pesca tem uma redução de até 65% na conta de energia elétrica.
Fonte: Bárbara Versolato - Capital News (www.capitalnews.com.br)