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Novas normas do FCO: apoio ao Pantanal e linhas para o leite e irrigação ganham destaque

/ PECUÁRIA
Os produtores interessados devem acessar o Sistema de Cartas-Consulta Digitais do FCO, disponível no portal gov.br

O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) chega a 2025 com uma programação robusta, que inclui novos focos de investimento, destacando o FCO Pantanal, criado para atender propriedades atingidas pelos incêndios de 2024, e os já tradicionais FCO Leite e FCO Irrigação, que recebem reforços em suas linhas de crédito. Os produtores interessados devem acessar o Sistema de Cartas-Consulta Digitais do FCO, disponível no portal "gov.br", com prazos definidos para envio das propostas. Além disso, o Banco do Brasil, gestor do fundo, está oferecendo suporte técnico para facilitar o preenchimento de projetos que atendam às exigências ambientais e produtivas.

 

O programa FCO Pantanal destina recursos especialmente às fazendas da Planície Pantaneira, priorizando a recuperação de atividades produtivas prejudicadas por calamidades ambientais. Em 2025, o fundo reserva aproximadamente 3% de sua previsão de investimentos totais para essa área, incluindo apoio à infraestrutura e aquisição de insumos essenciais para a retomada da produção.

 

Além do Pantanal, o FCO reforça seu compromisso com a agropecuária, ampliando os recursos do FCO Leite, que agora tem uma linha exclusiva de R$ 300 milhões para a modernização da cadeia produtiva, desde a aquisição de matrizes de alta produtividade até a construção de instalações sustentáveis. Já o FCO Irrigação visa promover maior eficiência hídrica, incentivando tecnologias inovadoras que aumentem a produtividade agrícola com menor consumo de água.

 

O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho - SRCG, Alessandro Coelho, celebrou as iniciativas, destacando o papel do FCO como ferramenta essencial para o fortalecimento do setor agropecuário no Mato Grosso do Sul. "O FCO Pantanal é uma resposta necessária aos desafios enfrentados pelos produtores atingidos pelos incêndios, enquanto os investimentos em leite e irrigação mostram que o fundo está alinhado às demandas modernas do agro", afirmou.

 

No entanto, Coelho pondera que é necessário agilizar os processos de liberação de crédito e aumentar a divulgação dos programas para que mais produtores tenham acesso. "Ainda há um gap entre os recursos disponíveis e o alcance real nas propriedades. A burocracia muitas vezes desestimula quem precisa", concluiu.

 

Com uma previsão total de R$ 12,45 bilhões em recursos para 2025, o FCO segue como pilar estratégico do desenvolvimento regional, incentivando a recuperação ambiental e produtiva, além de promover a sustentabilidade no campo.