Técnicos apontam indicadores para o sucesso do sistema sindical rural

Reestruturação, rentabilidade e boas práticas são os indicadores apontados pelos participantes da Capacitação Metodológica para Assistentes Sindicais para alcançar o sucesso na prestação de serviços dos sindicatos rurais. O curso está sendo realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), por meio do Programa Sindicato Forte, para 24 técnicos dos estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Pará, Paraíba, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Herondina Garcia, do Distrito Federal, conta que já conseguiu implantar o Programa Sindicato Forte em seis dos nove sindicatos rurais do DF. Ela explica que o setor sindical já ganhou visibilidade com as ações do programa e a capacitação de assistentes sindicais vai contribuir com a aplicação de boas práticas nas entidades. “A interação entre os estados sobre as atividades de cada um trouxe muita bagagem para gente. Além disso, estamos recebendo orientações de como implantar novos produtos e ferramentas nos sindicatos rurais”, avalia. Segundo ela, o papel do assistente sindical será de sempre se reciclar para ser a ponte entre o sindicato e as entidades do setor. “Ele tem que ter um perfil multidisciplinar sem tirar a função dos dirigentes. Deve ser o facilitador de boas práticas, fomentar e acompanhar as ações, possibilitando a melhoria dos processos. Ou seja, fazer uma adaptação sem perder a qualidade técnica e a estruturação do Sindicato Forte.” 

O contato com as demais realidades também atraiu a atenção de Terezinha Cândido Silva, de Mato Grosso do Sul. Ela revela que a semana de atividades foi bastante intensa, mas trouxe grande contribuição para a função que exerce no sindicato rural de Coxim. “Recebemos muitas informações, trocamos experiências, e isso tudo vai contribuir para a reestruturação que estamos fazendo no nosso sindicato. Planejamos implantar outro formato, pois antes não tínhamos planejamento e não oferecíamos serviços aos produtores rurais. Agora vamos fazer isso para trazer o produtor para o sindicato, pois nossa intenção é também fazer a entidade ser financeiramente mais saudável”, explica.

Rodrigo Coelho é do Sindicato Rural de Fortuna, no Maranhão. Para ele, a capacitação trouxe um leque de informações novas sobre a função do sindicato, o que é e para que serve. “A minha mente está fervilhando de ideias, até porque tinha carência de informações. Mas trocamos conhecimentos e percebemos que alguns problemas vividos eram comuns a vários estados. Cada um vai levar para seu estado o que recebeu no curso e adaptar à sua região. Sem contar que temos respaldo e apoio do Sistema CNA/Senar, que nos dará acesso às informações necessárias quando um produtor precisar e não pudermos ajuda-lo de imediato”, comemora. Coelho diz que seu desejo é tornar o sindicato rentável para melhorar a prestação de serviços. Além disso, ele acredita que “orientar o planejamento estratégico dos sindicatos rurais vai ser um desafio para o assistente sindical”.

Marco Antônio Pinho explica aos participantes como funciona o sistema AgroSenar.

Marco Antônio Pinho explica aos participantes como funciona o sistema AgroSenar.

Nesta sexta-feira, os técnicos participaram de dinâmicas de grupo e assistiram palestras sobre Imposto Territorial Rural (ITR), ministrada pelo assessor da CNA, Anaximandro Almeida, e outra sobre o sistema de banco de dados AgroSenar, ministrada pelo técnico do Senar, Marco Antônio Pinho. “Esse sistema mostra onde uma tecnologia está sendo utilizada ou não, ajudando o Senar a direcionar as capacitações de mão de obra. Tem dados do censo agropecuário 2006 e vai possibilitar aos assistentes sindicais criar, por exemplo, estratégias de mobilização por município”, explica Pinho.

A capacitação para assistentes sindicais acontece em Alexânia, Goiás, e terminou no sábado, dia 13.