Volume exportado pela avicultura cresce 0,4% no trimestre
Receita dos exportadores registrou queda de mais de 11%
O setor de avicultura de um modo geral registrou exportações praticamente estáveis no primeiro trimestre deste ano comparação com o período de janeiro a março do ano passado. O volume ficou em 950,2 mil toneladas, crescimento de 0,4%. Já a receita caiu 11,5%, fechando em US$ 1,832 bi no período.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira (14/4) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O cálculo considera as exportações de frango, perua, patos e marrecos, ovos e material genético.
No caso específico do frango, que detém a maior participação no resultado, houve alta de 0,7% no volume embarcado, que chegou a 907,3 mil toneladas. O faturamento dos exportadores caiu 11,5% para US$ 1,705 bilhão.
Os cortes se mantiveram como principal produto da pauta, com 500,9 mil toneladas embarcadas entre janeiro e março, crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2013. Em segundo lugar, os produtos inteiros atingiram 325,4 mil toneladas (-7,5%). As carnes salgadas totalizaram 41,4 mil toneladas (-1,2%). E as exportações de industrializados chegaram a 39,7 mil toneladas (+0,8).
“O aumento da venda de cortes de frango com valor médio superior amenizou a queda da receita, agregando maior valor às exportações”, ressaltou o vice-presidente da ABPA, Ricardo Santin, no comunicado divulgado pela entidade.
As exportações de ovos in natura e processados totalizaram 3,7 mil toneladas, resultado 26,8% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Em receita, a queda foi de 41,5%, com US$ 5,2 milhões.
Os embarques de carne de peru registraram queda de 12% em relação ao mesmo período do ano passado, com total de 32,7 mil toneladas. Também houve decréscimo na receita, de 16,5%, com US$ 88,1 milhões.
No segmento de patos e gansos houve aumento de 806% nos embarques dos três primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2013, com total de 3,5 mil toneladas. O aumento também foi expressivo em receita, de 239,8%, com US$ 3,7 milhões.
As vendas externas de ovos férteis totalizaram 2,6 mil toneladas entre janeiro e março deste ano, resultado 28,6% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. Houve crescimento também no resultado cambial, de 29,3%, com US$ 16 milhões.
Com 187 toneladas embarcadas, as exportações de material genético apresentaram queda de 28% no primeiro trimestre deste ano. Houve retração também na receita total do segmento, de 3,1%, com US$ 14,1 milhões.
“Tivemos boas surpresas com o ótimo desempenho das exportações de ovos férteis, segmento com bom potencial para expansão da rentabilidade da avicultura, indicando que, por sua característica sanitária, o Brasil pode expandir ainda mais seu papel de hub mundial de material genético”, destacou o presidente da ABPA, Francisco Turra, no comunicado da entidade.
REDAÇÃO GLOBO RURAL