DIVERSOS | 22/06/2020

Bem-estar animal: A evolução no manejo das vacas leiteiras

O tempo mudou e com ele a forma de contato entre humano e animal evoluiu. Muitas técnicas foram desenvolvidas por especialistas a fim de estimular maiores produtividades das vacas leiteiras, a partir do bem-estar animal, alimentação correta, água na medida certa e manejo rígido, no que diz respeito aos bons tratos e que estimulam um bom relacionamento entre as vacas e o produtor rural.

 

Não à toa, cada vaca leiteira, de Norte a Sul do Brasil, segue a tradição de receber nomes, muitas vezes comparadas a animais de estimação. Atitudes tradicionais como esta estimulam a docilidade do rebanho e ajudam na margem dos produtores rurais.

 

O veterinário Cláudio Real confirma os benefícios dessa aproximação e o melhor relacionamento entre homem e rebanho. “O manejo de animais leiteiros possui várias peculiaridades. A interação entre o homem e o animal é mais intensa, segue uma rotina de ordenha, alimentação, amamentação dos bezerros, entre outros, independente do dia, sendo dia útil ou feriado, frio ou calor, chuva ou sol, gerando assim um maior tempo de contato com os animais e um sentimento de afeto mútuo”.

 

Há consequências negativas, sanitárias e econômicas, para quem opta por um manejo inadequado. “As consequências são várias. Todas elas implicam na diminuição da rentabilidade do negócio. Animais mal manejados aumentam o nível de estresse, ficando suscetíveis a doenças, com isso, há por exemplo uma diminuição da produção de leite e também do ganho de peso ao falarmos de bezerras e novilhas. Isso tudo acaba virando uma bola de neve, aumenta a mortalidade e desse modo diminui todos os índices zootécnicos da fazenda gerando um prejuízo incalculável”, ressalta o médico veterinário.

 

Sobre as críticas que os produtores rurais recebem na criação e manejo no rebanho leiteiro, Cláudio Real aponta que atualmente há muitas informações distorcidas por interesses diversos. “Há pessoas sensacionalistas que generalizam casos de maus tratos e não conhecem a realidade da maioria das fazendas, produzindo conteúdos a fim de tentar denegrir a imagem do produtor rural. A velocidade com que esses conteúdos são propagados é muito grande, muitas pessoas têm acesso a isso, tomando como verdade”, relata.

 

“Em resposta a isso, hoje em dia há movimentos mostrando a realidade no campo: a maioria dos produtores rurais estão preocupados em fazer da melhor forma, respeitando os animais, fornecendo alimento, conforto e manejo adequado. Com o bem-estar animal, quem ganha é o produtor, fazendo com que seus índices melhorem muito. Evidenciando a preocupação com os animais, a cada dia uma nova tecnologia surge para fornecer e reforçar o bem-estar deles”, afirma o veterinário ao indicar que mostrar a realidade é a melhor resposta possível.

 

Quem confirma todas as declarações do veterinário Cláudio Real são os produtores rurais Emeline Leonardi e Renato Medrado. Em depoimentos eles conseguem esclarecer que, além driblar os preconceitos da atividade, há dificuldades ainda maiores da porteira para dentro, que assombram a atividade leiteira.

 

 

 

“Trabalho na pecuária de corte e leite e vivencio diariamente as dificuldades do setor, especialmente na pecuária de leite. Mas mesmo diante de todas as dificuldades, consigo enxergar avanços e tenho certeza que existe um mundo muito maior além da minha porteira, existe toda uma cadeia que depende da produção do meu alimento. Através da minha produção, geramos uma oferta muito grande de mão de obra, o leite é a base de muitos produtos e tenho muito orgulho do que faço e estou produzindo, por isso, valorizo e busco ferramentas para melhorar cada dia e produzir com mais qualidade, a fim de tornar minha produção mais eficiente”, esclarece Emeline, produtora rural na região de Rochedo. 

 

“Sou criador de girolando. Neste momento de pandemia que assola nosso país e o mundo, quero confirmar que nós, produtores de leite de Mato Grosso do Sul, estamos firmes e fortes na produção desse alimento tão nobre e essencial para nossa população. Quero dizer que o leite é vida, finaliza Renato Medrado, produtor de leite da região de Jaraguari.

 

Agro Agência

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