DIVERSOS | 01/02/2022

Recorde: Abate de animais orgânicos e sustentáveis do Pantanal de MS avançam em 2021

Pecuaristas que se dedicaram ao modelo sustentável receberam cerca de R$ 120 a mais por cabeça

 

Pecuaristas pantaneiros de Mato Grosso do Sul atingiram recorde em 2021 com o envio de 39.762 animais, classificados como orgânicos e sustentáveis, às indústrias frigoríficas. O número é 12 vezes maior que o volume de 2019, quando abateram 3.111 animais e representa o triplo em relação a 2020. Os dados da ABPO - Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável, apontam para uma maior adesão dos produtores rurais, ao programa do Governo de MS, que diminui o ICMS, para aqueles que optam por este modelo de produção no bioma.

 

“Os números representam um avanço considerável na pecuária. Falamos de um volume maior de proteína disponível no mercado, com sua origem certificada, e com um modelo de produção rígido, com respeito principalmente às questões sociais e ambientais do Pantanal”, explica o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta.

 

Segundo o presidente da ABPO é preciso valorizar esses pecuaristas que têm aderido ao sistema sustentável de produção em diversos biomas, a exemplo do que acontece no Pantanal de Mato Grosso do Sul. “Qualquer iniciativa que tenha por finalidade uma criação sustentável, e traga dignidade aos profissionais envolvidos, evoluindo as questões econômicas locais e traga dinamismo à pecuária, merece ser visto com outros olhos e a valorização. Este é um caminho sem volta”, pontua. “Os maiores ganhos quanto às iniciativas sustentáveis no campo ainda estão por vir”, completa o presidente ao lembrar dos nichos de mercado internacionais e dos Pagamentos por Serviços Ambientais, praticados de forma tímida atualmente no Brasil.

 

O superintendente da Semagro – Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Rogério Beretta, confirma que o avanço dos abates tem relação direta com o Programa Carne Sustentável do Pantanal. “Os produtores têm entendido e aderido ao programa do Governo do Estado, que oferece desconto de ICMS de 50% à produção sustentável e 67% aos orgânicos. Em 2021 a iniciativa representou cerca de R$ 120 a mais por cabeça, no bolso do produtor. Essa é uma das ações, que vai ao encontro para atingirmos o status de carbono neutro nos próximos 8 anos”.

 

Diego Silva / Agro Agência

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