O Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG) firmou parceria com a Delegacia de Combate a Crimes Rurais e Abigeato (Deleagro), para otimizar o trabalho de investigação da polícia civil, e disponibilizou assessoria jurídica do Sindicato, para produtores rurais que tenham sido vítimas de crimes e precisem de apoio, desde o registro de Boletim de Ocorrência, até acompanhamento de processos. A parceria com a Deleagro foi oficializada nesta terça-feira (26), durante um café da manhã, na sede do SRCG.
Segundo o Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, entre os objetivos da secretaria é proteger e dar condições de trabalho, com segurança, ao produtor rural. Ele também reforçou a importância da união para enfrentar o problema e colocou a Sejusp à disposição dos produtores. “Temos que proteger quem trabalha. O agronegócio concentra muita tecnologia. O produto do homem do campo valorizou e passou a ser alvo de criminosos, que usam a precariedade e o difícil acesso, para fazer vítimas. A preocupação do governo do estado é levar mais segurança para esta população, por isso o governador [Reinaldo Azambuja], ouvindo os anseios dos produtores, criou a DELEAGRO e em breve irá lançar também a Patrulha Rural, pois queremos mostrar que no MS tem segurança no campo e que quem produz estará seguro”, reforçou.
Já o delegado, Mateus Zampieri, aproveitou a oportunidade para esclarecer a atuação da Deleagro e fazer recomendações aos produtores. “Hoje nosso principal contato é via WhatsApp, não só para acionar, mas também para receber informações (67 99225-6397). Importante dizer, que depois de acionar via aplicativo, é preciso formalizar, através do registro do boletim de ocorrência, o contato via WhatsApp não exclui o boletim, que precisamos para fins estatísticos, para dar início a inquéritos. Mesmo em caso de furtos pequenos, registrem a ocorrência, isso nos ajuda a mapear onde os criminosos estão atuando”, explicou.
“A Deleagro atua basicamente nos crimes patrimoniais, ou seja, furto, roubo de gados, insumos, equipamentos. Nossa atribuição legal no caso do abigeato é acima de 50 cabeças, porém, cabe à própria Deleagro fazer o mapeamento, e as estatísticas para acompanhar o crime onde ele estiver acontecendo. Então ainda que não atinja esse percentual, esse valor mínimo de cabeça, não quer dizer que a Deleagro não vai atuar, em conjunto com as delegacias do interior, mapeando onde estão ocorrendo. [...] Além dos abigeatos, trabalhamos também nos crimes que envolvam produtores de grãos, com maquinários, insumos e defensivos, quando se trata desses materiais, acima de R$ 80 mil, automaticamente vem para Deleagro. O produtor não precisa vir até aqui, em nossa sede em Campo Grande para registrar a ocorrência, ele registra na delegacia mais próxima e automaticamente vai ser encaminhado para nossa equipe”, completa Zampieri.
O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Alessandro Coelho, que promoveu o café da manhã, colocou a estrutura da entidade para auxiliar os produtores nos registros das ocorrências e se disponibilizou como ponte entre a Polícia Civil, o Governo do MS e o homem do campo. “A segurança rural era um setor totalmente esquecido, mas agora nosso atual governador tomando essa iniciativa, montando essa delegacia nova, o produtor rural vai se sentir um pouco mais alvejado. O sindicato está colocando à disposição todo seu aparato jurídico, para que promova desde o boletim de ocorrência, o acompanhamento, levar ao conhecimento do delegado, acompanhar as investigações e tudo o que for necessário, vamos trabalhar em conjunto”, finalizou deixando o telefone da assessoria jurídica à disposição (67) 99983-2183.
Diego Silva / Agro Agência
