Pular para o conteúdo principal

Acordo com BB e Sistema S vai liberar R$ 351 milhões do FCO Rural e Empresarial

/ DIVERSOS

Nessa quinta-feira (9), foi firmado o Termo de Cooperação entre a Superintendência do Banco do Brasil em MS e o Sistema S – Fiems, Fecomércio-MS, Faems, Famasul e Sebrae/MS – para liberação de R$ 351 milhões via FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste). Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico e presidente do Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (CEIF/FCO) também assinou o documento que deverá beneficiar empresas nos segmentos da indústria, comércio/serviços e agropecuário de Mato Grosso do Sul.

Jaime Verruck destacou que é preciso fazer um trabalho consistente junto ao empresariado para que esse recurso seja aplicado até o dia 30 de setembro – limite para o uso do FCO 2016. ”É importante destacar a disponibilidade deste recurso, pois ele existe financeiramente um pouco pela incompetência do conjunto da estrutura do FCO, pois houve um atraso para a abertura empresarial. O governo federal atrasou os repasses do recurso e, além dos R$ 351 milhões disponíveis, temos que ter a competência para aplicarmos até 30 de setembro a totalidade do recurso”, explicou.

O secretário da Semade ainda ressaltou que é fundamental atingir a meta para não perder o recurso.  “A não aplicação disso significa a conversão disso para aquilo que tem demanda transferindo do empresarial para o rural ou vice-versa, ou ainda disponibilizar isso para toda a Região Centro-Oeste. No ano passado, nós conseguimos aplicar 100% do recurso e atraiu para o estado ainda mais R$ 94 milhões do Distrito Federal, que não conseguiu aplicar. Temos uma meta de longo prazo salutar.”

Para o superintendente estadual do BB, Evaldo Emiliano de Souza, a nova disponibilização é uma oportunidade de acolhimento de novas propostas de apoio na tomada de crescimento e geração de negócios e renda. “O que precisamos fazer agora é trabalhar em uma esteira priorizada. Estamos fazendo uma força tarefa no mês de junho tanto para efetivamente desembolsar o recurso daquelas operações que já temos internalizadas como colocar à disposição de Mato Grosso do Sul mais R$ 351 milhões, sendo R$ 245 milhões para o empresarial e R$ 106 milhões para o rural.”

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, ressaltou que é importante que o setor empresarial se mobilize para utilizar o recurso disponibilizado e essa ação do BB e setor produtivo vai contribuir na divulgação junto às empresas. “Os empresários precisam buscar esses recursos, pois temos praticamente três meses para aplicar o montante disponível. O receio com a situação econômica do país existe, mas nós precisamos superar o temor com esperança”, garantiu, completando que os juros subsidiados para o setor empresarial chamam a atenção, quer seja para investimento, quer seja para capital de giro. “São oportunidades de melhoria e competividade para as empresas”, declarou.

Edison Araújo, presidente da Fecomércio-MS e presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/MS, afirmou que o encontro serviu para prestar contas do que já foi aplicado e os recursos ainda disponíveis. “Algumas pessoas reclamam das oportunidades, mas os recursos estão aí para quem quer investir e melhorar seu negócio, gerar volume de empregos. Estamos com índice de desemprego significativo, mas vale ressaltar que o setor da agricultura também é o maior gerador de empregos, o que agrega valor para a economia na área de comércio e serviços.”

De acordo com Mauricio Saito, presidente da Famasul, a união de esforços das Federações contribui para trazer protagonismo ao setor privado por meio do alinhamento de ações. “A liberação de recursos é importante não só em tempos de crise, mas em todo tempo, porque gera desenvolvimento para o Estado.”

Valores – Do montante de R$ 351 milhões disponibilizados pelo BB via FCO, a linha Rural terá R$ 106 milhões, enquanto a linha Empresarial ficará com R$ 245 milhões, sendo R$ 108 milhões para o setor industrial, R$ 95 milhões para o setor comercial e de serviços, R$ 24 milhões para o setor de turismo e R$ 18 milhões para o setor de infraestrutura. A taxa de juros para o FCO Empresarial varia de 9,5% a 11,18% ao ano para as micros, pequenas e médias empresas e de 11% a 12,95% ao ano para as grandes empresas, sendo que o prazo para pagar vai até 15 anos e a carência pode chegar a até 5 anos.

Já no FCO Rural a taxa de juros varia de 6,5% a 7,65% ao ano para os micro e pequenos produtores, de 7,25% a 8,53% ao ano para os médios produtores e de 8,5% a 10% ao ano para os grandes produtores rurais que pretendem investir inclusive em custeio associado. Além disso, para os produtores rurais de todos os portes que pretendem fazer apenas operações florestais a taxa de juros varia de 7,25% a 8,53% ao ano, sendo que, tanto no primeiro caso, quanto no segundo caso da linha Rural, o prazo para pagar vai até 15 anos e a carência chega a até 8 anos.

Para este ano, o FCO tem previsto recursos da ordem de R$ 1,1 bilhão para Mato Grosso do Sul, dos quais R$ 595,3 milhões são para a linha Empresarial e os outros R$ 595,3 milhões são para a linha Rural. No primeiro caso, do total de R$ 595,3 milhões, R$ 266,2 são para o setor industrial, R$ 238,3 milhões para o setor comercial e de serviços, R$ 51 milhões para o setor de turismo e R$ 39,9 milhões para o setor de infraestrutura, enquanto no segundo caso, do total de R$ 595,3 milhões, R$ 119,1 milhões são para o Pronaf-RA e Pronaf Demais e R$ 476,2 milhões para os demais rurais.

Fonte: Agraer MS