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Carta Aberta ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo

/ SINDICAL

Carta Aberta ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo

 

Senhor Ministro,

 A Acrissul ( Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul ), entidade representativa de produtores rurais , diante da invasão perpetrada na ultima sexta-feira, 28 de novembro, na Fazenda Maria do Carmo , de propriedade da produtora Salma Salomão Saygale, no Distrito de Taunay, em Aquidauana (MS) e , face a nota publicada no mesmo dia , subscrita pelo Conselho do Povo Terena, cujo conteúdo  faz ameaças veladas de uma nova onda de invasões de terras tituladas em Mato Grosso do Sul. Vem a publico dirigir-se a Vossa Excelência, para manifestar sua posição em relação a tais fatos.

1)      Senhor Ministro, há um ano e meio a cúpula do Governo Federal, representada por Vossa Excelência e pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da Republica, Gilberto Carvalho, na presença de todas as lideranças políticas de Mato Grosso do Sul, comprometeram-se em solucionar a questão “Buriti” em 45 dias.

2)      Já se passaram 18 meses e após mais de 30 reuniões, o acordo final ainda esbarra em detalhes da negociação que só dependem deste Ministério para sua conclusão.

3)      O acordo, como é de conhecimento de Vossa Excelência , pacifica não tão somente a questão naquela área de litígio , como também abre um precedente altamente positivo para que todos os conflitos agrários do País, envolvendo produtores rurais e indígenas , sejam solucionados a partir dos mesmo mecanismos adotados aqui no Estado.

4)      Os produtores compreendem que a gestão publica nem sempre dispõe de celeridade para que suas decisões administrativas sejam cumpridas de pronto,mas também entendem que há omissão do Ministério da Justiça em executar o que já foi negociado.

5)      É preciso urgência em concluir o processo de compra das áreas já adiantando, restabelecendo assim a convivência harmônica entre produtores rurais e indígenas.

6)      Alertamos que a falta de decisão do Governo Federal representado por Vossa Excelência, em adquirir as terras objeto do litígio em questão, está levando ao acirramento do clima de um confronto iminente , o que colocara fatalmente brasileiros contra brasileiros,numa disputa incompatível com a pacifica cultura nacional.

 

Campo Grande MS, 1º dezembro de 2014

Fonte : Correio do Estado