Cultivo de seringueira pode ser promissor em Mato Grosso do Sul

Em alguns anos Mato Grosso do Sul poderá ser um dos grandes polos da heveicultura do Brasil. A afirmação é do engenheiro agrônomo e instrutor do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Carlos Alberto Salgueiro, que ministrou a palestra “Cultivo de seringueira – como a borracha se tornou uma ótima opção”, na noite desta sexta-feira (22), na Feira do Empreendedor, em Campo Grande.

De acordo com Salgueiro, apesar do alto investimento que o setor demanda, o retorno é garantido e o Estado possui características positivas para o cultivo da planta. “A planta tem alto valor agregado e fácil comercialização. É um negócio rentável para empresários de qualquer porte e Mato Grosso do Sul está crescendo muito no segmento, principalmente municípios como Cassilândia, aparecida do Taboado, Camapuã e Inocência”, exemplifica.

Contudo, o instrutor alerta para a falta de orientação, fator que reduz o interesse dos produtores pela seringueira, assim como há pouca mão de obra qualificada para o setor. “O produtor é muito imediatista e como o cultivo demora em média sete anos para iniciar a produção, ele se desinteressa e não percebe que é um ótimo investimento. Há ainda um dos maiores gargalos da área que é a falta de profissionais aptos para fazer a sangria, trabalho que hoje tem média de remuneração acima de R$ 2,5”, destacou.