Entidades do agronegócio comentam resultado do primeiro turno para presidente
A batalha pela presidência da República, no segundo turno das Eleições 2014 gera incertezas para as entidades que representam o agronegócio. A grande dúvida é sobre qual vai ser a postura dos candidatos e se os grandes temas vão de fato entrar no debate. As lideranças rurais esperam que, a partir de agora, a campanha saia do campo dos marqueteiros que desconstroem os adversários e entre no debate das propostas.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) comemorou a vitória de deputados federais e estaduais em todos os Estados brasileiros, que tiveram apoio da entidade. Agora, na disputa final para a presidência da República, ele espera que a Economia, as questões sociais e as reformas tributária, eleitoral e agrária façam a diferença.
– Que possam prevalecer as propostas, as grandes idéias e aquilo que é melhor para os trabalhadores da população brasileira – disse Alberto Broch, presidente da Contag.
Para a Organização das Cooperativas do Brasil, o resultado do primeiro turno foi satisfatório. Para o segundo turno, a entidade espera que os candidatos levem em consideração o documento com o raio-x do setor, que foi entregue durante a campanha.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) confia no peso do setor e no crescimento da economia brasileira, e segue dialogando com os candidatos .
– A entidade é totalmente apolítica, temos conversado, evidentemente junto com as confederações da indústria e da agricultura, com os candidatos, e nós confiamos bastante no peso específico do setor automotivo na economia, para que o setor continue a ser ouvido pelo próximo presidente – afirmou Luiz Moan Yabiku Jr., presidente da Anfavea.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, se mostrou tranquilo com o futuro do setor para os próximos quatro anos. Ele acredita que os candidatos estão mais conscientes sobre a importância do agronegócio para o Brasil.
– Há uma tranquilidade do setor, no sentido que o agronegócio passará a ter mais apoio do que teve até agora. Aliás, um terço das riquezas, das exportações e também da riqueza nacional está exatamente no agro, que foi o grande vencedor, que gerou saldo na balança comercial. Ano passado, foram US$ 80 bilhões líquidos, carregando outros setores nas costas. Essa consciência já está na alma dos candidatos que disputam o segundo turno das eleições – garantiu Turra.
Fonte: Canal Rural