
A Escola Municipal Agrícola Barão do Rio Branco, em Rochedinho, tem se consolidado como um núcleo de educação rural pioneira. Mais do que oferecer ensino técnico, ela espelha uma abordagem que conecta o campo, a cidade e as demandas sociais. As iniciativas foram apresentadas ao Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), quando a instituição abriu as portas para apresentar projetos e práticas desenvolvidas pelos estudantes.
Em 2023, o lançamento do projeto “Polo das Flores” permitiu o uso de 10 hectares para cultivo de plantas ornamentais. Alunos do 6º ao 9º ano participam da produção, do manejo ao mercado, ressignificando a aprendizagem com foco sustentável e empreendedor . Outra iniciativa, o “Rochedinho – Distrito das Flores”, resultou no plantio de 400 mudas na Praça Ary Coelho, com produção de até 4 mil mudas mensais em parceria com Holambra.
A escola também avança em piscicultura. Em março de 2025, foi instalado um tanque de geomembrana pelo IFMS, com meta de gerar 500 kg de pescado a cada seis meses, promovendo sustentabilidade, segurança alimentar e inovação pedagógica. A estrutura educacional acompanha o ritmo: de 2022 a 2023, foram inauguradas cozinha experimental, novas salas de aula e obras de acessibilidade. A cozinha, com ingredientes cultivados na própria escola, serve como laboratório vivo de produção local e ensino culinário realista, amparado pelo programa “Controlador Jovem”.
Essas iniciativas ilustram como a instituição transcende o ensino convencional rural. Em especial, a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas atividades reforça a missão de formar cidadãos plenos, com respeito à diversidade e estímulo à convivência. Para o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Eduardo Monreal, que acompanhou a visita, a experiência é um exemplo de como a educação no campo pode ser transformadora.
“É inspirador ver o comprometimento da Escola Agrícola Barão do Rio Branco com a formação integral dos jovens e, principalmente, com a inclusão. Essa experiência mostra que a educação rural também pode ser inovadora e inclusiva”, afirmou.
A iniciativa reforça a relevância de aproximar o setor produtivo rural das instituições de ensino, ampliando horizontes para os futuros profissionais do agronegócio e fortalecendo valores de convivência, diversidade e inovação no meio rural.