FELIZ ANO NOVO!

Waldir Guerra *

Todo Ano Novo é assim: a maioria das pessoas faz algumas promessas e também manifesta sua esperança na realização de alguns sonhos. Também sou desses, não fujo à regra.

Antigamente fazia muitas promessas a cada Ano Novo e não tenho vergonha dizer que a maioria das vezes elas somente foram bem cumpridas nos primeiros dias, depois eram esquecidas paulatinamente no decorrer dos primeiros meses, ao ponto de nem lembrar o que andei prometendo quando o ano ia chegando ao fim.

Ao me dar conta de que era o grande número de promessas a causa do descumprimento prometi fazer apenas uma por ano e, assim, dei-me bem depois disso.

A promessa do ano passado foi de continuar escrevendo os artigos às segundas-feiras mesmo sabendo a dificuldade que sempre tive em manter a assiduidade semanal. (Agora mesmo a esposa Suela passou aqui e cobrou pressa para o almoço; respondi-lhe que estava me dedicando ao artigo semanal. A resposta dela foi: “é sempre assim nos finais de semana!”). Pois é. Sei que é difícil, mas fiz bem em continuar escrevendo, pois mesmo estando longe continuei mantendo o contato com os leitores – especialmente com os que retornam com seus comentários.

A promessa para 2014 – não tenho porque esconder o compromisso deste ano – é o de procurar reatar os contatos de muitos bons amigos que larguei por aí. Prometi porque muitas vezes me senti culpado disso. As boas lembranças desses amigos me fazem bem e até me esforço para sobrepô-las às raivas e decepções que sinto quando recordações ruins instigam meus pensamentos.

Confesso que tenho dificuldades em perdoar, mas já aprendi a não guardar mágoas – aprendi isso com os americanos que, ao contrário dos europeus, dizem: “business is business” e não dão troco.

Quanto aos desejos para o ano de 2014, como todo mundo, também tenho os meus e muitos, mas hoje vou reduzi-los. Não a apenas um como fiz com as promessas, mas os que considero mais importantes.

Dentre eles o número um, o essencial, para mim é que as escolas do Brasil melhorem e uso os dizeres do economista gaúcho Gustavo Ioschpe para justificar esta prioridade absoluta: “Enquanto nossa escola for um retrato do país, o país não mudará. Temos de exigir das escolas um desempenho ético superior... A melhora educacional precisa vir antes da melhora social. Foi assim nos países de sucesso. Espero que seja assim aqui também”.

Outro desejo meu – e de mais 200 milhões – é sermos hexacampeões mundiais de futebol já que a Copa do Mundo da FIFA será aqui. Precisamos mostrar ao mundo que somos exatamente aquele povo alegre que eles imaginam. Se tivermos competência teremos também a garantia das Olimpíadas no Rio de Janeiro. E todos os exageros de gastos com estádios feitos para esta Copa do Mundo terão retornos garantidos pelo aumento de turistas que afluirão para cá aos borbotões no futuro.

Fico apenas com esses dois desejos para externar aqui caro leitor porque acredito sejam os seus também. Acrescente se quiseres outros seus, ou troque-os. Mas faça pelo menos uma promessa para cumprir neste ano de 2014 e assim espero terás um FELIZ ANO NOVO.

* Membro da Academia Douradense de Letras; foi vereador em Pato Branco-PR e secretário do Estado e deputado federal em Mato Grosso do Sul. E-mail: wguerra@terra.com.br