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Fundação MS alerta para prevenção contra percevejo do milho nesta safra

/ AGRICULTURA

A Fundação MS, uma das principais instituições de pesquisa do agronegócio em Mato Grosso do Sul está reforçando o alerta a produtores rurais do estado que vão cultivar milho de segunda safra, também chamado de safra de inverno ou safrinha, para a implementação de medidas visando evitar a infestação do percevejo do milho.Na safra 2014/2015, os produtores do estado devem cultivar cerca de 1,547 milhão de hectares com milho safrinha e colher aproximadamente 8,368 milhões de toneladas, de acordo com o mais recente levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo o pesquisador da Fundação MS, José Fernando Jurca Grigolli, além do milho, a praga também ataca a soja. Os prejuízos podem chegar até a 100% das lavouras recém plantadas, demandando até mesmo o replantio de toda a área atingida.Ele explica que os sintomas da ação dos insetos nas lavouras atingidas são bem característicos, sendo os principais, orifícios simétricos nas folhas. “Também acontece a injeção de toxinas no momento de sua alimentação, que pode resultar em menor desenvolvimento da cultura, bem como coloração mais amarelada das folhas atacadas”, explica José Fernando.

“E caso o estilete do inseto ataque o ponto de crescimento da planta, pode haver sua morte, gerando um sintoma conhecido como coração morto”, complementa.No combate ao percevejo, o tratamento de sementes é uma ferramenta muito eficaz e apresenta bons resultados em baixa infestação da praga. “Em situações de alta infestação da lavoura, o recomendado é complementar com aplicações de inseticidas, visando reduzir a população de insetos na área”, afirma o pesquisador.

Para finalizar, José Fernando ressalta que o monitoramento é a chave para o controle do percevejo no milho, principalmente no período que compreende do plantio até o estádio de desenvolvimento vegetativo. “Nesse intervalo, recomenda-se aplicações com base no nível de controle, que é de 0,5 percevejos por metro quadrado”, concluiu.


Fonte: Fundação MS