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Massa de ar seco predonima no Centro-Oeste e favorece as queimadas

/ DIVERSOS

Em Mato Grosso já foram registrados 2.258 focos de incêndio

A massa de ar seco predomina na região Centro-Oeste nesta quarta, dia 14, deixando o tempo firme e com possibilidade de queda de umidade à tarde, condições desconfortáveis à saúde e propícias à formação de novos focos de incêndio, principalmente em Goiás e Distrito Federal. A previsão indica chuva para a faixa oeste de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul nesta quarta, porém de forma menos intensa intercalada com períodos maiores de melhoria.

Com o início da estação seca na parte central do Brasil, as queimadas se intensificam. Para piorar, neste ano, o número de focos de incêndio está maior do que no ano passado. Segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o Brasil registrou até agora 9630 focos de queimadas, contra 7942 que foram registrados no mesmo período de 2013.

– O número de queimadas registradas em 2014 é cerca de 20% maior – afirma a meteorologista, Thaize Baroni.

Os Estados mais atingidos foram o Mato Grosso com 2.258, Roraima com 1.259 e a Bahia com 616 focos de queimadas. A falta de chuva contribui para a proliferação de pequenos incêndios que podem afetar algumas áreas agrícolas.

 – Muitas vezes basta uma bituca de cigarro em parte de uma palhada para que o estrago se alastre em uma lavoura – exemplifica o agrônomo, Marco Antônio dos Santos.

Estudos indicam que o desmate, as queimadas e a poluição da Amazônia podem afetar o regime de chuvas no centro-sul do Brasil. O aumento da fuligem liberada na atmosfera através das queimadas reduziria o tamanho das gotas nas nuvens, retardando ou abortando o processo de precipitação.

– Existe algo chamado correntes de jato que transporta a umidade da Amazônia para alimentar as frentes frias do Sul – afirma Thaize.

Com a redução das precipitações, boa parte dos incêndios não seria contida, alimentando esse ciclo, uma vez que mais fuligem chegaria às nuvens. Especialistas acreditam que, o fato das partículas acabarem dispersas para o centro-sul do país, pode comprometer o ciclo de chuvas nessas regiões.

Segundo a Somar Meteorologia, próximo do dia 20 de maio, instabilidades vão provocar chuvas um pouco mais generalizadas na região central do Brasil por conta do avanço de uma frente fria.

 

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