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Mulheres debatem forma de inserção no agro de MS

/ DIVERSOS

Dezenas de mulheres se reuniram no Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG) para buscarem alternativas de inserção do gênero feminino, no campo. O evento intitulado Papo de Mulher, também compartilhou experiências sobre como é exercer liderança na agropecuária, setor essencialmente masculino. O evento ocorreu nesta sexta-feira (9).

 

 

“Enquanto na construção civil as mulheres já ocupam, há algum tempo, todas as funções do processo construtivo e nas empresas, de vários segmentos, elas estão nos mais altos cargos; nas propriedades rurais elas ainda estão, predominantemente, nas cozinhas. Da porteira para fora, elas ganharam algum espaço, mas ainda são minoria nas profissões ligadas ao agronegócio e nas entidades representativas do setor”, destacou a jornalista e produtora rural, Luciana Gabas, mediadora do evento.

 

Segundo o presidente do Sindicato, Alessandro Coelho, a finalidade é tornar a entidade em uma referência de atuação feminina. “Queremos tornar o Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho a entidade mais feminina do agro. Temos várias possibilidades de atuação e estamos de portas abertas para qualquer ideia que some a esse objetivo”.

 

Durante o evento quatro mulheres foram convidadas para um debate sobre suas experiências e expectativas quanto a atuação profissional e pessoal. “Nunca tive problemas, mas cheguei a sentir resistência por parte dos colaboradores”, afirmou a diretora do SRCG e suinocultora, Eleíza Machado. “Até que os colaboradores saibam que somos capazes é necessário um tempo. As pessoas demoram a acreditar nisso, mas precisamos ser persistentes e mostrar o potencial”, completou.

 

A diretora do Sebrae MS, Maristela França, revelou que em seus histórico profissional chegou a ser expulsa de uma reunião.  “Estava pronta para uma reunião com chineses e chegaram a pedir para eu sair da sala, junto uma amiga. Fiquei muito surpresa”, pontuou. “Nós mulheres não estamos ocupando espaço que era de um homem. Mas se for para ocupar, que seja de forma competente”, destacou ela ao defender a complementariedade dos gêneros.

 

A gerente de agronegócios do Sicredi, Lucimara Rodrigues, levou a preocupação das mulheres que optam por serem mães. “E agora? Sou mãe ou quero ser diretora de uma empresa? Vou largar meu sonho? O homem não precisa largar a família para atuar profissionalmente. E nós precisamos disso. Com sonho podemos chegar onde quisermos”.

 

Já a empresária Natiele Krabbe defendeu características da mulher no desempenho profissional. “Não creio que as mulheres sejam mais flexíveis. Creio que elas são mais detalhistas. Mulher tem visão 360 (graus) sobre tudo”.

 

A próxima edição do Papo de Mulher está marcado para o dia 13 de setembro, às 19h, na sede do SRCG e o tema será design de participação. Outros temas podem ser sugeridos por meio do site www.srcg.com.br.

Agro Agência Assessoria