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Pesquisa de alunas de Coxim utiliza soja na cura do câncer

/ AGRICULTURA

Uma pesquisa realizada pelas técnicas em alimentos de Coxim, Carla Fernanda Okabe e Rayane Dayana de Souza, formandas do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), mostrou que a soja pode prevenir alguns tipos de câncer, além de ajudar na cura da doença.

Os benefícios da soja na nutrição humana já são bem conhecidos e agora o uso das suas propriedades protéicas no combate a doenças começa a ganhar espaço nas mesas de pesquisa.

O estudo foi desenvolvido durante o curso técnico e resultou na elaboração de um suplemento alimentar extraído da farinha de soja. "Em nossos estudos nos laboratórios identificamos elementos da oleaginosa capazes de prevenir alguns tipos de câncer. Concluímos após diversos testes laboratoriais que o suplemento desenvolvido em nossa pesquisa ajuda na prevenção e não ocasiona nenhuma toxicidade em pacientes doentes, podendo ser um adicional no tratamento", ressaltou Carla Fernanda.

Rayane explica que a soja é cultivada no mundo inteiro e que por isso foi escolhida para ser tema da pesquisa. "A soja é altamente consumida e utilizada não apenas em nossa região, mas em vários países. A disponibilidade de matéria-prima em abundância facilita o estudo. Sua viabilidade econômica foi um dos critérios para escolha da soja em nossa pesquisa", afirmou. "Outro detalhe percebido ao longo da experimentação é que vimos que muitas pessoas ainda têm medo de consumir a soja".

As alunas apresentaram o projeto na 12ª Feira Brasileira de Ciência e Engenharia, organizada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, onde foram premiadas e ganharam a credencial para participação e apresentação do suplemento na Intel ISEF 2014, em Los Angeles, a maior feira de ciências e tecnologia do mundo. "Nosso trabalho foi muito reconhecido. O evento abriu portas para que pudéssemos posteriormente no Fórum para jovens cientistas em Londres", ressaltou Carla Fernanda referindo-se ao 56º LIYSF – Fórum Científico Juvenil Internacional de Londres. "Não teríamos condições de viajar e levar o nosso projeto a esses países senão fosse a ajuda do Governo do Estado, da Prefeitura de Coxim, da Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS, da Aprosoja/MS - Associação dos Produtores de Soja e do Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, entre outros apoiadores", destacou a estudante.

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja), o projeto servirá de exemplo para outros estudantes.

"As alunas conseguiram mostrar que a soja é mais que um alimento, é um remédio e uma nova esperança para uma doença que prejudica tantas pessoas no mundo inteiro. Outros alimentos também podem servir de experiência para que, com o suporte da tecnologia, os produtos agropecuários sirvam não só de alimentos, mas de meios para combater males da humanidade”, enfatizou o dirigente. 
Já o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, destacou a participação da instituição.

“A Federação apoiou a apresentação internacional desse trabalho não só porque ele se fundamenta em um dos produtos mais importantes para o setor e para a economia do Estado, mar porque com isso estamos fomentando iniciativas fora de série como a dessas meninas, que têm todos os méritos e compõem um capital social do Estado que precisa ser incentivado”, destacou. 
 


Fonte: Luciana Recio - Capital News (capitalnews.com.br)