DIVERSOS | 05/12/2016 às 00h00

MS finaliza ano com resultados positivos na agropecuária

Agro Agência Assessoria

Mais de 26 bilhões de reais – Este é o número esperado para o VBP – Valor Bruto de Produção da agropecuária de Mato Grosso do Sul em 2017. A projeção anunciada pelo Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS mostra que apesar das turbulências ocorridas em 2016, o setor conseguiu passar e fechar o ano positivamente.

Para o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Ruy Fachini Filho, o cenário de Mato Grosso do Sul é o mesmo de Campo Grande e reflete o profissionalismo do setor produtivo. “É na crise que encontramos oportunidades. Por isso, enquanto muitos setores demitiram, o meio rural contratou e, enquanto, outros segmentos fecharam as portas, o meio rural investiu em gestão tecnologia e informação”.

Para Fachini, o resultado só não foi melhor porque o cenário econômico não ajudou. O VBP previsto pela Famasul supera em apenas 1% maior a renda de 2016, quando ficou em R$ 25,9 bilhões.“Os números revelam o desempenho do setor, mostrando que a agropecuária conseguiu bons resultados apesar da atual conjuntura econômica do País. Com a colaboração do produtor rural que adota tecnologias e aplica em sua produção o trabalho da comunidade científica, conseguimos atravessar o ano de 2016”, afirmou o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, durante a coletiva de imprensa anual da instituição.

Destaques – Cana-de-açúcar; milho; soja; pecuária foram os que mais se sobressaíram em 2016, com promessas de ascensão para 2017. O mercado da cana-de-açúcar deve registrar marca de R$ 4,6 bilhões em 2017, 15,6% a mais que em 2016 (aproximadamente R$ 4 bilhões).

Enquanto isso, o mercado suíno deve subir 15,5% entre 2016 e 2017, atingindo R$ 550 milhões. A  permanência da renda bruta da soja nos mesmos patamares de 2016, em R$ 8,5 bilhões, enquanto que o milho, esperado em R$ 4,3 bilhões, suba 11,7%.

Em sentido inverso, a estimativa é de queda de 8,8% no Valor Bruto de Produção pecuária, considerando que a renda pode ficar em R$ 6,6 bilhões.

Campo Grande fecha ano com preços positivos – Estudo do Cepea/Esalq/USP mostra que este ano encerrou com dados favoráveis na agropecuária. Ao longo deste ano, o preço do boi gordo, por exemplo, registrou incremento superior a 10 reais por arroba. Em janeiro, a cotação do setor atingiu média de R$ 135,8, atingindo em algumas oportunidades máxima valor superior a R$ 145.

Mesmo caso do valor do suíno, que iniciou o ano a R$ 3,6 o quilo vivo, praticamente o mesmo patamar do final do ano, quando atingiu a casa dos R$ 3,80 0 quilo. Na avicultura, o segmento também praticamente estável, ficou o ano inteiro na casa dos R$ 5 o quilo. Repetindo o cenário estadual, a saca de soja e milo devem encerrar o ano na casa dos R$ 70 e R$ 30 a saca, respectivamente.

“A minha expectativa é que o próximo ano seja de recuperação, como dizem os especialistas. Porque apesar dos valores em alta, os valores de custo de produção alcançam a elevação, comprometendo a rentabilidade do produtor. As altas precisam ser mais significativas e o produtor precisa investir em gestão”, acredita Fachini.

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