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Animal mais pesado com tempo de abate reduzido é conceito do boi 7.7.7

/ PECUÁRIA

Abater um animal de 24 meses com peso de 21 arrobas é o conceito de melhoria da pecuária no Brasil e o potencial do mercado. A agilidade em produzir um boi pesado e abater em um período menor de tempo, faz parte de um trabalho desenvolvido há um ano e meio pela APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), chamado de conceito 7.7.7.

Os números são divididos da seguinte forma: na cria, o bezerro precisa ganhar sete arrobas. Recria, mais sete e na engorda, finaliza com o ganho de outras sete arrobas. Com a recria cada vez mais valorizada este ano, pecuaristas que conseguirem atingir esse conceito, lucram bem mais.

Quem explica isso é o gerente regional da área de ruminantes da Phibro Saúde Animal, Carlos Ozório. "A pecuária está em transformação e sempre se intensificando. Diversos pecuaristas estão utilizando esse conceito e estão vendo como é rentável", comenta.

Em trabalho com a Apta, a Phibro desenvolveu trabalhos de pesquisa que resultou na molécula virginiamicina que está no V-Max fazendo com que o animal ganhe duas arrobas durante as três etapas. "Em Mato Grosso do Sul, é comum o boi ser abatido com 18 arrobas e não é muito diferente em outros Estados. O bezerro teve um aumento considerável de preço e a forma de ganhar mais dinheiro com isso, é deixar ele mais pesado", informa.

Ozório comenta que em outros países como Austrália e Estados Unidos, os abates acontecem com bois mais pesados e com o potencial do mercado, é possível que um novo conceito possa surgir. "Com boi 8.8.8, por exemplo, seriam 24 arrobas e temos a possibilidade de abater em 24 meses com esse peso, mas precisaria de um investimento maior", afirma.

O pecuarista também pode trabalhar com o conceito que ele se adeque melhor, como o conceito 6.6.7, ou 7.7.5. "Tudo vai depender da métrica do pecuarista e como ele vai avaliar cada fase, o desafio que buscamos na ExpoCorte é ver qual a meta que ele estabeleceu", ressalta.

Questionado sobre o ganho das setes arrobas finais do animal, Ozório afirma que não tem necessidade de terminar esse boi em um confinamento. "Tem duas opções: no confinamento mesmo com o alimento 100% no cocho, ou no confinamento a pasto, mas com suplementação bastante concentrada, isso vai de acordo com o que o pecuarista considerar melhor", conclui.

Fonte: Campo Grande News