Aquicultura tem potencial para dobrar produção em cinco anos
A produção mundial de pescado é de 158 milhões de toneladas (número de 2012), movimentando US$ 600 bilhões/ano – sendo US$ 136 bilhões/ano em exportações. Sete vezes maior do que os negócios de carne bovina, no entanto, um hectare de terra pode gerar 0,12 toneladas/ano de carne, enquanto na mesma medida (um hectare) de terra, podem ser produzidas de 100 a 320 toneladas/ano de peixe, dependendo do cultivo (de acordo com informações do Ministério da Pesca).
Contando com este potencial e com o mercado externo, o Ministério da Pesca pretende mais que dobrar produção aquícola, chegando em 2020 com uma geração de 2 milhões de toneladas/ano. O consumo humano de peixe no mundo é de 136,2 milhões de toneladas/ano – sendo 66,6 milhões de toneladas vindo da aquicultura e 69,6 milhões de toneladas da atividade pesqueira. O consumo per capita mundial é de 19,2 kg enquanto no Brasil é de 10,63 kg.
Com relação à rentabilidade, a carne do pescado é mais valorizada nas exportações. Enquanto 35 mil toneladas de pescado geram US$ 234 milhões nas exportações, a carne bovina gera US$ 7,2 bilhões com a exportação de 1,5 milhão de toneladas. O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo, o maior de carne de frango e o quinto maior de carne suína, porém está em 22º lugar na ranking de exportações de pescado.
om relação à aquicultura, o Brasil está em 12º e, se a produção for ampliada para 2 milhões de toneladas ano, o País vai figurar entre os cinco maiores do mundo em 2020. A aquicultura cresceu 8,6% em 22 anos, passando de 32,4 milhões de toneladas para 66,6 milhões de toneladas/ano. Entre o período de 2000 e 2012, na comparação com a carne bovina, o crescimento da produção de pescado em cativeiro foi seis vezes maior. O aumento da produção do pescado foi de 6,7% enquanto o da carne foi de 1,2%. “Temos competitividade, território e água para isso”, afirmou o ministro Helder Barbalho quando esteve na Câmara este mês defendendo os mesmos benefícios fiscais da ração da pecuária para a ração do setor pesqueiro.
Para crescer, o Ministério da Pesca busca a isonomia da tributação nas cadeias produtivas (carnes bovinas, aves e suínos). De acordo com o ministro, a ração representa 70% do custo da aquicultura, a isonomia fará com que todos os custos baixem e pode baratear o pescado para a mesa do consumidor.
Fonte: Portal Brasil