Assembleia debate a cadeia produtiva do leite em reunião com entidades
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, por meio do presidente Paulo Corrêa, recebeu representantes da cadeia produtiva do leite na manhã de terça-feira (28), em ação comemorativa ao Dia Mundial do Leite (1º de junho). O diretor do Sindicato Rural de Campo Grande e vice-presidente do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias do Leite em Mato Grosso do Sul (Conseleite), Wilson Igi, participou da reunião.
Dados da Câmara Setorial do Leite de MS, mostram que o setor tem atualmente 24 mil produtores de leite no Estado. Mas que apesar de toda a produção regional, em 2018 foram importados 156 milhões de litros de leite e derivados de outros estados, o que representa 427 mil litros por dia.
Altamiro Nogueira Barbosa, coordenador da Câmara Setorial do Leite, disse que o objetivo das ações voltadas para a cadeia nesta semana, visam sensibilizar autoridades da necessidade e da urgência de aprovar medidas importantes para o setor. Ele destacou duas demandas principais, sendo a criação do fundo de desenvolvimento da pecuária leiteira e uma nova política tributária para o setor.
“Nós estamos finalizando um projeto de lei junto ao Governo do Estado para criar esse fundo, que não existe, hoje não há um recurso que possa promover a atividade no Estado. Além disso, precisamos mudar a política tributária, para termos mais competitividade, já que atualmente não há incentivos”, destacou Altamiro.
De acordo com Paulo Corrêa, a Assembleia Legislativa reconhece a importância do setor produtivo de leite. “Nós temos orgulho da cadeia produtiva do leite em Mato Grosso do Sul. A nossa Casa tem um foco especial à cadeia de produção de leite, junto ao atual Governo do Estado, e vamos contribuir com as ações para atender a demanda dos produtores”, comentou o parlamentar que se comprometeu a encaminhar a realização de uma Audiência Pública sobre o tema.
Rogério Beretta, superintendente da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), destacou que o Governo do Estado tem atuado em levar assistência técnica e conhecido para os produtores, mas que só por meio do associativismo e cooperativismo o setor pode avançar mais rápido.
“Temos atuados em várias frentes e contado com o apoio essencial de entidades ligadas ao produtor, como a Agraer e o Senar, que desenvolvem um trabalho importante. Estamos preocupados com a quantidade, mas também com a qualidade do leite e a rentabilidade desse produtor”, destacou Beretta, ao lembrar que o Governo está atuando ainda na regulamentação do queijo caipira.
A Semana Sul-Mato-Grossense do Leite foi instituída pela Lei 4.409/2013, de autoria de Junior Mochi. O ex-deputado é também produtor e esteve presente no evento. “A produção de leite é a atividade mais forte do pequeno produtor. Além da reflexão sobre a importância dessa cadeia produtiva, precisamos buscar alternativas para melhorar o retorno econômico. O leite é o salário do produtor na agricultura familiar”, disse Mochi.
Fonte: Priscilla Peres/Agro Agência