Assistência técnica é o primeiro passo para produzir em solos arenosos, defende Aprosoja/MS
Nesta semana Simpósio debate intensificação de solos, na capital
Os desafios do uso sustentável e eficiente de solos arenosos foram discutidos nesta terça-feira (7), durante o III Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos, realizado em Campo Grande, pela Sociedade Brasileira de Uso do Solo. O presidente da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS), Juliano Schmaedecke falou sobre as oportunidades e manejo nos solos arenosos na agricultura de MS e citou que hoje o Estado tem 18% de sua área total de solos arenosos, o que soma 6,6 milhões de hectares. Discutir técnicas, levando em consideração pesquisas direcionadas e contar com assistência técnica, são os primeiros passos.
“O produtor tem que andar de mãos dadas com a pesquisa, sem esquecer da gestão, planejamento e boa estratégia. Esse conjunto de ações garantem mudanças significativas e bons resultados em produtividade para a soja”, afirma Juliano.
O superintendente de Produção da Semagro, Rogério Beretta, participou do debate e destacou que o Governo tem hoje estrutura para combater problemas, minimizar impactos e dar manutenção nos solos que são nossas maiores riquezas. “Trabalhando esse tripé, de uso e ocupação de solo, logística e apoio a pesquisa e o Estado com manejo e conservação, conseguimos avançar muito em produção com altas produtividade”.
O debate sobre Transformações socioeconômicas e ambientais pela intensificação da produção agropecuária em solos arenosos, contou ainda com a participação da Cooperativa Cocamar, Reflore, Biosul e a Rede ILPF (Integração lavoura – pecuária – floresta) e Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Durante quatro dias em Campo Grande, o simpósio vai debater a Intensificação Agropecuária Sustentável em solos arenosos, com pesquisadores, produtores, profissionais e acadêmicos. Robelio Leandro Marchao, diretor do Núcleo regional Centro-Oeste da Sociedade Brasileira de Ciência do solo, destacou que a entidade existe desde a década de 1940 em Presidente Prudente e está entre as mais antigas do país. “O tema desse simpósio é uma de nossas prioridades e por isso é tão importante essa oportunidade de trocar experiências”.
Na abertura, José Carlos Polidoro, chefe-geral da Embrapa Solos, destacou que milhões de hectares de solos arenosos antes considerados inaptos, agora produzem de forma intensiva e com alta produtividade. “Temos exemplos de que em novos sistemas de produção, avançamos nas fronteiras agrícolas. Mas as perdas chegam a 5 bilhões de dólares, insumos indo para onde não deveria, camadas de solos perdidas. A Intensificação sustentável tem o desafio de conter esse processo erosivo”.
Texto: Priscilla Peres – Agro Agência / Aprosoja MS