Auxílio emergencial para agricultores familiares segue para sanção presidencial
Emenda que altera o acesso ao beneficio para os produtores rurais, proposta pelo presidente da FPA, Alceu Moreira e, pelo deputado Zé Silva, foi mantida
O auxílio emergencial de R$ 600 criado pelo governo federal para dar suporte as famílias brasileiras em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) vai beneficiar agricultores familiares em todo país. O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (22), o substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei 873/2020, que prevê a concessão do benefício.
A matéria havia sido alterada na Câmara dos Deputados, onde acataram a emenda que altera o acesso ao beneficio para os agricultores familiares proposta pelo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira (MDB-RS) e, pelo deputado Zé Silva (Solidariedade-MG). Então, a proposta precisava voltar para o Senado, para que as mudanças fossem avaliadas e aprovadas pela primeira Casa. Agora a matéria segue para sanção presidencial.
Segundo o deputado Alceu Moreira, assim que sancionada, a proposta vai permitir o acesso ao benefício aos agricultores familiares, além de instituir originalmente a Renda Básica de Cidadania Emergencial e ampliar benefícios aos inscritos no Programa Bolsa Família e aos cadastrados no CadÚnico, em casos de epidemias e pandemias.
O deputado Zé Silva ressaltou que a alteração foi fundamental para que o auxílio emergencial possa ser acessado pelos agricultores familiares, impactados pela diminuição de circulação de pessoas em feiras e mercados. “São mais de 5 milhões de agricultores familiares no Brasil e desses mais da metade não tem um canal de comercialização. Precisamos dar essa resposta rápida já que o agricultor produz e leva o alimento para a mesa de todos nós”, destacou.
Cerca de 70 milhões de pessoas serão beneficiados. Com o novo texto, também poderão receber as três parcelas de R$ 600 mães adolescentes e trabalhadores informais que, em 2018, tiveram renda superior a R$ 28,6 mil, excluídos da proposta original. Pais solteiros passam a ter direito ao dobro do valor, R$ 1,2 mil, mesma regra adotada para mães chefes de família e mães maiores de 18 anos.
Fonte e foto: Agência FPA