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Candidato Reinaldo Azambuja é entrevistado no Bom Dia MS

/ POLÍTICA

Na quarta-feira, Evander Vendramini (PP) será entrevistado.
Ordem das entrevistas foi definida por meio de sorteio.

O candidato do PSDB ao governo de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, foi entrevistado ao vivo, nesta terça-feira (2), no Bom Dia MS pelo apresentador Ginez César.

A participação foi a segunda da rodada de entrevistas com os candidatos no telejornal. A ordem foi definida em sorteio. Veja a íntegra, em vídeo, da entrevista com o tucano. Abaixo, leia a transcrição das perguntas e respostas.

Ginez César – A primeira pergunta para o senhor é em relação a forma como o senhor está se apresentando à população. O senhor tem falado de um jeito novo de fazer política. O senhor está no PSDB desde 1995, já foi prefeito, deputado estadual, deputado federal atualmente. Significa que esse velho jeito até agora já está ultrapassado?

Reinaldo Azambuja – É a nova política, Ginez. Uma política com as prioridades das pessoas, uma política com transparência, nós defendemos transparência em tempo real, nós defendemos auditorias em todas as secretarias para coibir corrupção, nós defendemos e andamos todo Mato Grosso do Sul, 79 municípios, falamos com mais de 200 mil pessoas, ouvindo as prioridades regionais e conhecendo a realidade de cada município de Mato Grosso do Sul.

Ginez – Mas de 95 até agora, o senhor já mudou esse jeito de fazer política ou continua com esse?

Reinaldo – Nós começamos em Maracaju realmente com uma nova política que transformou a cidade. Apresentamos, como deputado estadual, um jeito diferente de fazer política e continuamos até hoje. Foi assim em 2012 na candidatura em Campo Grande, quando apresentamos também um novo jeito, política próxima das pessoas.

Ginez – Que jeito é esse?

Reinaldo – Você atender as prioridades do cidadão, você elencar não a prioridade do governo, mas aquilo que nós vimos hoje, acabamos de assistir, saúde é um grave problema no estado e ausência total do estado em auxiliar realmente os municípios e atender a saúde. Tira recursos da saúde para colocar em outras áreas que não são prioritárias. Segurança próxima das pessoas, desenvolvimento chegando em todas as regiões.

Ginez – Caso o senhor consiga ir para um eventual segundo turno, o senhor vai negociar com algum candidato derrotado?

Reinaldo – Olha, política, Ginez, a gente faz conversando com todas as forças políticas que querem realmente uma nova forma de fazer governo. Passado para o segundo turno, e as pesquisas apontam hoje que nós, com certeza, devemos estar no segundo turno, nós vamos conversar com aqueles que querem transformar Mato Grosso do Sul. Pessoas de bem existe em todo partido.

Ginez – Mas esse não é o jeito velho de fazer política?

Reinaldo – Não. Você não faz política isoladamente. Política é você fazer a construção de um programa de governo que atenda as reais necessidades das pessoas e também nesses partidos como você diz que não irão para o segundo turno.

Ginez – Não. Eu não afirmei que não irão, caso o senhor vá para o segundo turno. Em relação a essa coligação com possível partido de pedir apoio, o que o senhor ofereceria em troca a esses partidos derrotados eventualmente?

Reinaldo – Nós vamos oferecer um novo governo no Mato Grosso do sul. Nós estamos há 20 anos sendo governado por dois partidos, PMDB e PT, que se revezam no poder. Dos 36 anos da divisão, 28 eles administram Mato Grosso do Sul.

Ginez – O senhor daria alguma secretaria para conseguir apoio?

Reinaldo – Nós vamos administrar a secretaria com quadros técnicos, com pessoas qualificadas. O nosso apoio vai ser para o atendimento as bases eleitorais, que é legítimo. Cada deputado defende uma região do estado, tem as prioridades dos municípios, os atendimentos às obras prioritárias, aos investimentos, o atendimento. Isso é normal. Isso é você fazer a política moderna, não a política do 'toma lá da cá', te dou uma secretaria para ter o apoio. Te oferece esse cargo, cria-se cargos para dar cargos para pessoas para apoiar o governo. Isso é a velha política. Essa é a política que nós combatemos.

Ginez – Na página do senhor, na internet, o senhor defende a criação de um projeto 'Empresa Amiga da Mulher', que consegue incentivo fiscal para empresa que contratar mulheres. Ao fazer isso, o senhor acha que isso não pode comprometer, de certa forma, o caixa do governo do ponto de vista de arrecadação, ou até desestimular a contratação de outros funcionários que não sejam mulheres?

Reinaldo – Não, porque a lei de incentivos dá os atrativos para atrair as empresas, e nós queremos abrir a oportunidade de trabalhos para as mulheres, porque Mato Grosso do Sul é o 5º estado mais violento contra as mulheres, e nós temos que ter oportunidade principalmente para essa mulher que sofre violência doméstica para que ela tenha oportunidade. Muitas vezes, ela se sujeita à violência dentro de casa por falta de oportunidade de trabalho, por não ter apoio de uma política governamental. E o espírito desse 'Empresa Amiga da Mulher' é criar oportunidade para as mulheres de Mato Grosso do Sul, principalmente, Ginez, para aquela que sofre violência doméstica e que ficam presas ao lado do agressor com medo de sair, de ter condições de criar seus filhos, de ter oportunidades em um lugar seguro. É por isso que nós vamos fazer isso e, de forma alguma, isso não vai comprometer as finanças do estado.

Ginez – Também no seu plano de governo, o senhor fala em criar ouvidorias da comunidade em todas as cidades que seriam ligadas à Câmara de Vereadores. O senhor pretende também interferir nos municípios?

Reinaldo – Não, nós queremos ajudar os municípios. O governo tem que ser parceiro dos municípios. Saúde é municipalizada, educação é municipalizada. Mas nós temos que ter um governo que apoia isso, porque o cidadão precisa de saúde e educação é lá onde ele mora, no município. A ouvidoria é para coibir corrupção. Isso é um elo de ligação entre a sociedade e o governo naquilo que te falei no início, transparência em tempo real. Mostrar as contas, o que o governo arrecada, como arrecada, como gasta o dinheiro, que não é do governador, é dinheiro do povo do estado. E nós precisamos ter transparência para ter um governo realmente próximo das pessoas.

Ginez – Candidato, o senhor é deputado federal, não se licenciou do cargo, continua recebendo o seu salário, o que é legal, mas o senhor não acha isso imoral?

Reinaldo – Olha, Ginez, a Câmara tem uma dinâmica, até agora as oito horas da manhã estou indo para Brasília porque nós teremos votação no dia de hoje e no dia de amanhã, que é a pauta que foi criada pela Câmara dos Deputados. Estou indo para votar matérias importantes, de interesse do país, de interesse de Mato Grosso do Sul. Eu acho que é uma questão de cumprir o seu mandato. Nós estamos fazendo aquilo que foi construído pela pauta da Câmara. Tem as pautas de votações, as votações importantes, as comissões que funcionam no dia de hoje e de amanhã, e é atípico esse período por conta do período eleitoral que todos os candidatos, deputados, estão em seus estados, nas suas bases, concorrendo ao governo também. Então eu estarei lá cumprindo o meu papel, que é de trabalhar pelo Mato Grosso do Sul.

Ginez – O tempo que o senhor deixa de estar na Câmara, ou dedicado ou focado na Câmara, não é um tempo perdido?

Reinaldo – Olha, o trabalho parlamentar não é só lá dentro do Legislativo da Câmara dos Deputados. Você tem as bases, você tem o atendimento aos municípios, você discute as emendas, as prioridades, você visita as bases eleitorais, você vai para o interior do estado. Então a dinâmica de um parlamentar, que tem a obrigação sim de votar leis, de trabalhar pela fiscalização, é uma dinâmica diferente. Você está, além de dentro do Parlamento brasileiro, que é votar leis, vetos presidenciais e o trabalho, você tem também o atendimento às suas bases eleitorais.

Ginez – Falando no cargo de governador, caso o senhor seja eleito, o senhor fala em valorizar o funcionário público estadual. O senhor vai aumentar o salário dos servidores caso seja eleito?

Reinaldo – Nós temos que instituir meritocracia, gestão eficiente, planejamento nas secretarias e metas estabelecidas. Daquele funcionário que atingir as metas de um bom atendimento à população, de uma melhora na qualidade do serviço e o estado disponibilizando essas ferramentas de qualificação, ele sim terá aumento de salário. Devido à meritocracia.

Ginez – O senhor já sabe, já tem um levantamento de quanto custa a folha estadual hoje e qual que é a capacidade que dá para aumentar?

Reinaldo – Olha, hoje basicamente nós temos 60 mil funcionários. Você tem o aumento gradativo da folha, reposição inflacionária, mas o que nós precisamos instalar no estado é essa eficiência. Quanto mais o serviço público for melhorado e a população melhor atendida, mais o funcionário vai ganhar. Nós vamos diminuir secretarias, diminuir cargos em comissão, melhorar a valorização do funcionário efetivo, porque ele realmente fica 30 anos no serviço público e é ele que deve ser valorizado em um governo que pensa em uma gestão próxima das pessoas.

Ginez – Agora em relação aos comissionados, qual que é a política do senhor, caso eleito, para esses funcionários?

Reinaldo – Olha, Ginez, eu quero trabalhar com as boas cabeças que têm no Mato Grosso do Sul, com as pessoas qualificadas, pessoas que podem ajudar a construir um estado diferente, um estado que resolva os problemas, que cresça economicamente. Nós éramos para ser o estado modelo do Centro-Oeste, hoje nós somos a última economia do Centro-Oeste, precisamos avançar nisso. Isso se faz valorizando os funcionários, trabalhando com as boas cabeças, com as boas pessoas que existem em qualquer município do estado, trazer para dentro do governo quadro técnico para fazer um bom governo a serviço da população.

Ginez – O senhor citou a questão da saúde. Em relação aos leitos de Mato Grosso do Sul, o senhor sabe qual é a real necessidade de leitos para que não haja essa superlotação, essa demanda reprimida, tantos nas UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] e nos municípios do interior?

Reinaldo – Olha, Ginez, nos últimos dez anos, Mato Grosso do Sul foi o estado da federação que mais fechou leitos. 1.400 leitos foram fechados que atendiam no SUS [Sistema Único de Saúde]. Nós precisamos repor esses leitos a disposição. Isso se faz fazendo a regionalização funcionar. Quando os polos regionais funcionarem com atendimento, com a ressonância, com a tomografia e com a ultrassom, nós vamos diminuir a demanda na capital e em Dourados e teremos mais leitos disponíveis. Isso se faz aplicando corretamente e colocando os recursos públicos para atender a maior necessidade da população, que é uma saúde de qualidade, que infelizmente hoje nós não temos aqui no Mato Grosso do Sul.

Ginez – Candidato, temos os últimos segundos antes de completar dez minutos, o senhor pode fazer as considerações finais do que o senhor julgar mais importante.

Reinaldo – Olha, eu quero agradecer a vocês aqui da TV Morena, a você Ginez, a toda equipe, e dizer que nós queremos essa nova política, uma política de resultado, de transparência, de eficiência, e uma mudança de verdade no Mato Grosso do Sul. Eu e minha vice-governadora Professora Rose queremos também pedir o seu voto, o seu apoio. No dia 5 de outubro, vote no 45, porque o 45 é uma mudança de verdade para uma boa política aqui no Mato Grosso do Sul.

Ginez – Candidato, muito obrigado pela entrevista. Um bom dia para o senhor.