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Crédito para pecuária beneficia sistema de confinamento

/ PECUÁRIA

Há poucos dias, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou medidas para estimular o aumento da oferta de bovinos nos país. A resolução amplia limites de crédito para o produtor comprar reprodutores e matrizes de bovinos e bubalinos. Também foi criada uma linha exclusiva para a compra de gado para confinamento. 

Os financiamentos têm possibilidade de empréstimo de até R$ 1 milhão por beneficiário. Eles envolvem basicamente três linhas de crédito: uma de retenção de matrizes bovinas, outra para aquisição de matrizes e reprodutores e uma terceira para aquisição de animais para confinamento. As taxas de juros são de 6,5% ao ano. 

No caso da linha de retenção de matrizes, o prazo é de até três anos para pagamento, com dois anos de carência. Para aquisição de matrizes e reprodutores, o prazo é de cinco anos, com até dois anos de carência. Para animais de confinamento, o prazo é de seis meses. 

"Nós temos um crescimento da demanda interna e temos um potencial enorme na demanda externa em função das negociações e dos acordos que vêm sendo feitos", afirma o coordenador geral para Pecuária e Culturas Permanentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), João Antônio Fagundes Salomão. 

"Então, queremos garantir o suprimento interno e gerar excedente para exportação. Vamos ver se com essas linhas de retenção de matrizes, com incremento de genética e com o confinamento, vamos proporcionar essas condições ao setor", explica Salomão. 

O financiamento foi visto de maneira positiva pelo Conselho Nacional da Pecuária de Corte. A medida pode contribuir para a conquista de novos mercados. Pecuaristas que trabalham com confinamento, no entanto, só devem utilizar a nova linha de crédito no próximo ano. Mesmo assim, o confinamento tem destaque no discurso do governo, que defende o sistema no desenvolvimento da pecuária. 

"Nós temos uma leitura que a necessidade de aumento da reprodutividade do rebanho brasileiro vai passar, em algum momento, pela intensificação da produção e pelo confinamento. Então, nesse sentido, criamos essa linha", disse. 

"Este ano, o incremento maior ou menor em relação ao numero de animais confinados está muito relacionado ao preço de aquisição do boi magro e ao custo de alimentação, que está um pouco mais baixo em relação a 2013. O preço do boi magro, no entanto, está em um patamar um pouco maior do que o do ano passado. Essa conta nos permitirá inferir se ocorrerá aumento ou não. Temos uma expectativa de que isso venha contribuir efetivamente para o aumento de animais confinados", destacou Salomão.


Fonte: Diário do Comércio e Indústria