Durante audiência pública no Senado Federal, presidente da Famasul destaca produção sustentável da agropecuária de Bonito e de MS
“Da área total do município de Bonito, 42% são de remanescentes florestais, vegetação nativa de porte arbóreo”. A afirmação foi feita pelo presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, durante a audiência pública realizada nessa terça-feira (21), no Senado Federal, em Brasília/DF. O diretor-tesoureiro da Federação, Marcelo Bertoni, também participou do debate.
O evento foi promovido pelas Comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Meio Ambiente (CMA) com objetivo de buscar soluções aos impactos ambientais na região de Bonito.
Durante o debate, Saito acrescentou: “Em 40 anos, a área de produção agrícola brasileira aumentou 70%, enquanto que, no mesmo período, a produtividade subiu 250% e a produção avançou 500%. Estes números revelam que a adoção de tecnologia por parte do produtor rural preservou 150 milhões de hectares, se levarmos em consideração a área necessária para produção de alimentos, fibras e oleaginosas nos patamares atuais, com a produtividade de 40 anos atrás”. Saito afirmou, ainda, que 66% do território nacional se mantém preservado graças à atuação sustentável do produtor brasileiro, segundo dados da Embrapa Territorial.
A agropecuária do Brasil, como avaliou o presidente da Famasul, tem importância não só no aspecto social e econômico mas também na preservação ambiental. “O que permite que o produtor rural registre resultados de excelência é, além do seu trabalho responsável, a adoção de tecnologias desenvolvidas e validadas pela comunidade científica”.
Como representante da comunidade científica, o presidente da Fundação MS, Luciano Muzzi Mendes, afirmou que a instituição desenvolve tecnologias e técnicas para que o setor produtivo possa aplicar no dia a dia, melhorando a produtividade, aumentando a rentabilidade e buscando sempre a conservação do solo. “O plantio direto é um exemplo de tecnologia que permite, a partir da colheita do milho, a permanência da palhada no solo proporcionando cobertura dos solos o ano todo. O objetivo é ter cobertura verde o tempo todo”.
O superintendente da Semagro, Rogério Beretta, apresentou os dados de um diagnóstico realizado na região por um grupo de técnicos de São Paulo. “Foi identificado que na verdade o problema é diversificado”.
A audiência pública foi proposta pelo senador, Nelson Trad Filho, que salientou: “Observamos que existe um ideal que une todos, que é a questão da necessidade de uma ação no sentido de preservar e melhorar esse patrimônio da humanidade que Bonito representa ”.
A discussão foi inicialmente presidida pelo Senador Izalci Lucas, presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, atendendo ao requerimento das Comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e Meio Ambiente (CMA), referentes aos senadores Lucas Barreto, Nelsinho Trad, Styvenson Valentim, Soraya Thronicke e Otto Alencar. A audiência também foi presidida pelos senadores Nelson Trad Filho e Jaques Wagner.
Além dos nomes já citados, foram convidados para compor a mesa, a diretora do Departamento de Desenvolvimento Produtivo do Ministério do Turismo, Larissa Rodrigues Peixoto; o secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Alves Correa Neto; o diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, Marcos de Castro Simanovic; o secretário de Turismo de Bonito – MS, Augusto Barbosa Mariano; o representante do Instituto de Desenvolvimento de Bonito – MS e da Associação de Atrativos Turísticos de Bonito e Região – ATRATUR, Guilherme Poli.
Fonte: Famasul