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Engordar bois é um bom negócio

/ PECUÁRIA

Ebbesen com parte de seu rebanho: em 2015 ele quer atingir a marca de 650 animais prontos para o abate

Enquanto alguns produtores rurais deixam de lado ou reduzem a quantidade de bovinos em suas propriedades, outros continuam valorizando a cultura. Um dos que não abre mão da bovinocultura e vê nela um bom negócio é o engenheiro civil especializado em segurança do trabalho Paulo Costa Ebbesen, 66 anos. Proprietário da Granja Fonte Natal, na localidade de Capané, ele engorda em média de 500 a 600 bois por ano e pretende aumentar este número. A meta de Ebbesen é atingir 650 animais em ponto de abate ao longo de 2015. 

A fazenda de Ebbesen tem 185 hectares e está sendo administrada pela quarta geração da família. A área foi adquirida por sua bisavó, passou a seus avós, depois para os pais e hoje está com ele. A pecuária ocupa 60 hectares da propriedade. O restante da área utilizável - excluindo a reserva legal de mata nativa - é destinado à agricultura (milho e soja) e à criação de suínos. 

Até 2005 Ebbesen trabalhou com o ciclo completo do gado (cria e recria). Depois disto ele optou por apenas engordar animais, reduzindo o tempo necessário para os bichos estarem em ponto de venda. Atualmente ele compra novilhos e terneiros com peso variando entre 200 e 300 quilos e os comercializa por lotes de animais que estejam com pelo menos 400 quilos. Em média, cada bovino fica 10 meses na Fonte Natal até atingir o ponto de venda. 

Todo o gado de Ebbesen é de corte e predominam animais das raças angus, braford e hereford. Os animais são vendidos para abatedouros de Santa Cruz do Sul, Lajeado e Westfália, ficando a carne toda no mercado gaúcho. Para cuidar da fazenda são dois funcionários fixos. Paulo Ebbesen mora em Porto Alegre, mas vem a Cachoeira periodicamente para comandar o trabalho na propriedade. 

PIQUIRI - Outro que continua apostando na bovinocultura é Ernandes Freitas Peixoto Júnior, 23 anos. Pecuarista na localidade rural de Piquiri, ele trabalha com gado de corte e tem em torno de 120 animais. Com a assessoria técnica do agrônomo da Emater Dirceu Nöller, ele está investindo agora na implementação de pastagens perenes para reduzir custos e acelerar o engorde do gado. 

Lotes 

Os animais são separados na Granja Fonte Natal em três lotes de engorde. Cada bicho passa pelos três estágios, que tem a alimentação como principal diferença. 

Pastagens 

Um dos grupos de bovinos é o de terneiros e novilhos recém-chegados à propriedade e que alimentam-se de pastagens. 

Transição 

Outro lote de animais é o que está em transição entre os recém-chegados e os que estão em ponto de abate. Nesta fase o bicho alimenta-se de pasto e recebe um complemento à base de milho em cochos. 

Só no cocho

Em média, nos últimos 100 dias na fazenda, os animais ficam em uma área onde alimentam-se apenas em cochos e com comida à base de milho plantado na própria granja. Nesta época, cada animal engorda em torno de um quilo por dia até atingir o ponto de venda (peso mínimo de 400 quilos).


Fonte: Jornal do Povo