Entidades de MS integram projeto voltado ao uso racional de inseticidas
Entidades de pesquisa e instituições de ensino de Mato Grosso do Sul, como a Universidade Estadual (UEMS) e a Fundação Chapadão, integram a rede associativa criada pela Embrapa para o projeto de formação de multiplicadores em Manejo Integrado de Pragas (MIP), no sistema produtivo do Cerrado.
Segundo a Embrapa, o MIP é uma tecnologia que adota, de forma estudada e sistematizada, um conjunto de técnicas, métodos e conhecimentos já existentes, a serem associados ao ambiente, com o objetivo de manter o controle da população de insetos que atacam as lavouras.
Conforme a instituição, no Brasil, o MIP foi inicialmente implementado nas culturas da soja e do algodão, nos anos 1970. Utilizado no Paraná, reduziu em 60¨% as aplicações de inseticidas nas lavouras de soja, representando uma economia de aproximadamente R$ 86 milhões ao ano aos produtores do grão no estado.
A Embrapa comenta que o momento atual da agricultura no Brasil ressalta a importância do projeto, já que pragas de difícil controle, como a mosca-branca, que ataca o feijão e a soja, e pragas quarentenárias, como a lagarta Helicoverpa armigera, que tem como alvos diversas culturas, têm provocado muitos prejuízos nas lavouras em vários estados do país.
A entidade destaca ainda que entre os principais benefícios proporcionados pelo uso do MIP está na aplicação racional de inseticidas. A instituição alerta que o uso inadequado dessas substâncias leva à seleção de insetos resistentes, gerando também o aparecimento de novas pragas.
A Embrapa lembra que o MIP além dos ganhos ecológicos e econômicos, possibilita também a proteção aos produtores e trabalhadores rurais, em razão da menor exposição às substâncias tóxicas.
Além das instituições sul-mato-grossenses integram a rede do projeto da Embrapa o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IFGoiano), a Universidade Estadual de Goiás (UEG), a Universidade Federal de Goiás (UFG), o Centro Universitário de Goiás (Uni-Anhanguera) e a Faculdade de Noroeste de Minas (Finom), além de associações de classe (engenheiros agrônomos, sociedades rurais), cooperativas, órgãos de extensão rural (pública e privada), outras escolas de agronomia e colégios agrícolas, entre outros.
Fonte: Agrodebate