J. Bandeira: "O Brasil não aguentará Dilma, num 2º mandato"
Por quê? Primeiro, porque o seu aliado PMDB, com algumas exceções regionais, é um sócio de modelo esgotado. Continuará, é verdade, contando com uma base ampla, porém, não tem mais projetos, assim, Dilma prosseguirá varrendo para baixo do tapete as transformações que o Brasil precisa. É consabido que as estradas são ruins, os aeroportos acanhados, os portos estrangulados, o setor elétrico vem arrastando-se, a política externa é uma piada de mau gosto pelo desinteresse por relações internacionais, a reforma tributária não sai e não completam a reforma da previdência e nem a trabalhista. Sobra o PAC, como bandeira de velhos projetos agrupados em um pacote eleitoreiro. Segundo Jarbas Vasconcelos, senador do PMDB, sobra, ainda, o Bolsa Família, que é o maior programa oficial de compra de votos do mundo.
O fraco crescimento industrial, já provoca a tensão social. As empresas automobilísticas, por exemplo, já liberaram milhares de funcionários em falsas férias coletivas. A elevada inflação já em quase 7%, redundou no aumento dos preços e, desse modo, reduziu o poder de compra da população, refletindo-se, evidentemente, na paralisação das vendas, como se observa nos pátios das montadoras lotados de veículos encalhados.
Liberar o crédito para o povão ir às compras e desonerar produtos de impostos têm sido as armas do arsenal do governo para incentivar o consumo e alavancar a economia. Todavia, tal mecânica filosófica, tem se mostrado ineficiente. Tanto que, pela primeira vez, o Boletim Focus, do Banco Central, traz expectativas do PIB (Produto Interno Bruto), para 2014, abaixo de 1%, ou seja, 0,97% de crescimento. O erro consiste, portanto, em crer que, quanto mais se consomem riquezas, tanto mais se produzem. Dessume-se, pois, que, tornar mais ampla a circulação de dinheiro na economia, favorecendo-se o crédito e o consumo, tem se mostrado ineficaz, daí o pibinho de 0,97%.
Esse crescimento raquítico do PIB, bem atesta a incapacidade governamental em atrair investimentos. Sem eles, trava-se a atividade econômica, uma vez que os investimentos são alimento da expansão econômica.
Tem mais uma: O Brasil deve aos bancos privados brasileiros a cifra de R$ 2.200 trilhões. É a chamada Dívida Pública Federal (DPF). Por meio dessas operações, o Tesouro emite as famosas LTNs (Letras do Tesouro Nacional), as quais são repassadas às instituições financeiras, que as revende no mercado conforme necessidade do Caixa. O leitor (a), atônito, perguntar-me-á: e essa dinheirama toda tem que destino? Dentre vários investimentos sinuosos, de início, R$ 18 bilhões para irrigar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). Este, por sua vez, socorre empresas políticamente endividadas, outros R$10 bilhões, são injetados na Caixa Econômica Federal para viabilizar o programa Minha Casa, Minha Vida.
Também, o BNDES, irriga a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que indeniza as concessionárias de energia, a fim de que elas forneçam uma falsa cobrança dos consumidores e, desse modo, fraudar o índice de inflação, porém à custa de dinheiro emprestado da rede bancária, cujo juros em 2013, o Tesouro Nacional desembolsou R$17,9 bilhões. Há, ainda, uma outra irrigação pasmosa do BNDES. Sabe para quem? Para Cuba comunista. Depois de financiar a modernização do Porto de Mariel, abrindo as torneiras em torno de US$1,2 bilhão, Dilma vai liberar outros US$ 150 milhões para a melhoria dos portos cubanos. Pode?
Não é à-toa, que sempre o ex-ministro e deputado Delfim Neto, vem repetindo: “A melhor maneira de se livrar do PT é deixa-lo governar”. Portanto, está na decisão dos eleitores, a continuidade de Dilma para um 2º mandato. Da minha parte eu digo: Avante Brasil, vamos sair dessa, pois, parado na economia e acelerando nos escândalos, é que não podemos permanecer.
J.BANDEIRA-
Economista, Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil aposentado e ex-Vereador em Campo Grande, MS.