Marun diz que o brasil "não pode se dar o luxo de atrapalhar o produtor rural"
Marun defendeu na Câmara Federal a legitimidade da posse das terras invadidas, uma vez que os produtores rurais têm títulos idôneos, reconhecidos há anos pelas autoridades governamentais
A paralisia do governo federal diante dos conflitos agrários em Mato Grosso do Sul tem consequências gravíssimas para a economia e o desenvolvimento do Estado, adverte o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), lembrando que “o Brasil não pode se dar ao luxo de atrapalhar o trabalho do produtor rural’.
Marun ressalta que as estimativas para a economia brasileira neste ano indicam uma queda de 1% ou mais do PIB (Produto Interno Bruto), e que a derrocada só não é maior porque o agronegócio deve crescer pelo menos 2,8%, gerando empregos e equilibrando o déficit. “Ora, disse o deputado, se o governo não consegue ajudar, pelo menos não deve atrapalhar ou causar insegurança no campo, patrocinando invasões e usando a Força Nacional para impedir que lavouras plantadas sejam colhidas, como se verificou na região da fronteira de Mato Grosso do Sul.”
Marun defendeu na Câmara Federal a legitimidade da posse das terras invadidas, uma vez que os produtores rurais têm títulos idôneos, reconhecidos há anos pelas autoridades governamentais. A nova onda de invasões na região sul, fronteira com o Paraguai, não tem motivação legal, muito menos laudos antropológicos que a “Funai produz com habilidade”. Outro absurdo que Marun comentou essa semana na Câmara Federal, depois de participar de audiência pública na Assembleia Legislativa, com mais de 400 produtores, é que a Força Nacional tem impedido a volta dos proprietários para suas terras. “A Força Nacional foi lá para proteger os invasores, nunca se viu isso”, criticou.
Por ação da Força Nacional, o milho plantado com o suor do trabalho não pode ser colhido na área invadida, revelou Marun, ressaltando que os indígenas invasores sequer trajes típicos usavam, e sim “tocas estilo ninja e coletes de uso restrito”. Marun pediu apoio e solidariedade da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, advertindo que o Estado Democrático de Direito fica abalado, quando atitudes unilaterais como essa prosperam em plena luz do dia, agredindo direitos consagrados pela Constituição brasileira.
Fonte: acrítica