Missão de Serra Leoa conhece sistema de produção em MS
O Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho recebeu na segunda-feira (17) uma missão formada por cinco pessoas do país africano, Serra Leoa, que estão no Brasil para conhecer os modelos de produção e as técnicas de combate a lagarta do cartucho, praga que tem causado problemas na África.
A missão contou com apoio da Secretaria de Comércio e relações Internacionais do Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por meio do assessor Giovanni Gabas Coelho, responsável por acompanhar a missão ao Brasil e auxiliar com a língua, visto que os visitantes falam inglês.
O grupo que conta com representantes do ministério da Agricultura de Serra Leoa, de universidades e pesquisadores chegaram no domingo (16) ao Brasil e após três dias em Mato Grosso do Sul seguirão para Brasília e Minas Gerais. Em Campo Grande também vão conhecer a Secretaria Estadual de Agricultura e a Embrapa.
No primeiro dia de missão, o grupo foi recebido no Sindicato Rural, pelo presidente Alessandro Coelho e o diretor José Eduardo Monreal, que apresentaram a estrutura econômica do Estado. Em seguida, assistiram a apresentação da Shanv Agrociência, empresa que alia homeopatia animal e vegetal para reduzir o uso de defensivos e eliminar pragas de forma sustentável.
Durante a tarde conheceram a Fazenda Engenho, em Maracaju, que alia integração de culturas e auto suficiência alimentar. A propriedade impressiona pelos números, sendo 200 mil sacas de soja e milho, 300 cavalos árabes, 1,5 mil cabeças de gado em confinamento, além de estrutura para armazenagem e plantação de feijão e mandioca para alimentação dos trabalhadores locais.
John S. Kamara, diretor de cultivo do Ministério da Agricultura de Serra Leoa, explica que o país é pequeno e a maior parte da produção é para subsistência. Com alimentação baseada em arroz e batata, a chegada da Lagarta do Cartucho há dois anos, tem gerado consequências para a produção local. A missão, que conta com apoio europeu, quer integrar culturas e mostrar novos modelos de produção.
Alessandro Coelho destaca que a integração entre os dois países é importante para a troca de experiências e o aprendizado mútuo. “Percebemos que eles têm uma produção ainda primitiva em relação a nossa e mostramos um pouco do que e como fazemos aqui. É um prazer recebe-los e apresentar nossas riquezas, esperamos que eles voltem com conhecimento para ampliar a produção”.
Texto e foto: Priscilla Peres/Agro A