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Pecuarista deve investir em atividades consorciadas para sobreviver diante a crises, diz presidente do sindicato rural

/ DIVERSOS

A pouco dias para tomar posse como presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, o produtor rural Alessandro Coelho participou do quadro Papo das Seis, do Bom Dia MS, nesta quarta-feira (13). Ele fala sobre os desafios em meio a uma "revolução agropecuária".

 

"A pecuária extensiva, a mais tradicional, ela continua sendo uma atividade e com uma forma diferente de lidar. Mato Grosso do Sul tem o bioma Pantanal que demanda este tipo de atividade, de forma que o manejo e o sistema de produção tem que ser feito respeitando as condições do bioma, entretanto, no planalto e cerrado, é imprescindível que as pessoas façam investimentos e correções de solo, taxas de fertilidade e isso seria impossível hoje nas atuais condições, sem essas políticas públicas que estão sendo adotadas atualmente", afirmou o presidente.

 

Alessandro também comenta sobre investimentos na pecuária e até migração para a produção de grãos, algo que vêm se mostrando mais rentável em relação a produção da carne

 

"Existem dois tipos de produtores: o pecuarista conservador que tem uma tendência mais de manutenção de gado no pasto e aguardar o mercado se auto regular com o avanço das atividades agrícolas sob a atividade pecuária e haveria uma regulação de demanda e oferta e existe o pecuarista que é o mais agressivo, ele é o grande investidor. Então ele vê como um grande desafio as crises e investe em tecnologia, consorciando com silvicultura, com agricultura ou mesmo com fruticultura, que existem trabalhos da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] extremamente importantes neste sentido", explicou.

 

No caso do futuro da pecuária, como atividade exclusiva, o presidente considera como um grande desafio para o futuro.

 

"A atividade exclusiva no campo vai ser algo difícil. Tanto para a pecuária quanto para os agricultores, fruticultores e demais elos da cadeia. É imprescindível a consorciação com outras atividades porque a sazonalidade de mercado faz com que você, às vezes, trabalhe com um produto que esteja atualmente em uma crise, porém, o outro sustenta a atividade. Então, sempre uma consorciação, trabalhar de forma mais diversificada, trabalha uma média melhor no sistema produtivo", ressaltou.

 

Quando se fala questão da nova geração, Alessandro fala que muitos estão se preparando para ter uma maior rentabilidade em seus negócios. Ele ressalta a importância em atender a critérios nacionais e internacionais, sendo que Mato Grosso do Sul possui um "diferencial" para sair na frente.

 

O produtor rural ainda fala sobre embargo, a presença da ministra Tereza Cristina em Brasília, problemas do leite, relações comerciais com outros países, queixas dos pecuaristas, custos elevados na pecuária, o programa Empreendedor Rural, entre outros assuntos.

 

Fonte: G1 MS