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Plantio de soja chega a 98,3% da área prevista em MS, diz entidade

/ AGRICULTURA

No sudeste e sudoeste, sete municípios do estado concluíram o plantio.
Atraso no plantio não deve afetar a soja, mas pode prejudicar a safrinha.

Levantamento do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio de Mato Grosso do Sul(Siga-MS), da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS), aponta que até o dia 28 de novembro, 98,3% da área que será cultivada com a oleaginosa no estado já havia sido semeada. Na safra 2014/2015, a projeção é que sejam cultivados cerca de 2,3 milhões de hectares e que sejam colhidos em torno das 6,3 milhões de toneladas.

Segundo o Siga, a finalização do plantio está mais próxima de ocorrer nas regiões sudoeste e sudeste do estado, onde a média de área semeadas atingiu no fim de novembro os 99,5% do total previsto. Na região sete dos municípios com maior área cultivada já haviam concluído a semeadura: Amambai, Aral Moreira, Caarapó, Dourados, Fátima do Sul, Laguna Carapã e Vicentina.

Em contrapartida, nas regiões central e norte de Mato Grosso do Sul a média é de 97,5% das áreas previstas com o cultivo da oleaginosa iniciado. Na região, até o dia 28 de novembro, nenhum município ainda havia concluído o plantio.

 

Conforme o Siga, a maioria dos municípios que ainda não concluiu o plantio está bem próximo de fazê-lo, restando poucas áreas, principalmente de pequenos produtores.

Os técnicos que produzem a levantamento indicam ainda que em algumas áreas que já estão sendo cultivadas foram observadas algumas pragas, como lagarta-da-vagem e percevejos principalmente nas regiões central e sudeste do estado, onde foram iniciadas as aplicações de inseticidas. Também foram identificadas doenças, principalmente em decorrência das condições climáticas de alta umidade e temperatura, como a Mancha olho-de-rã (Cercospora sojina).

Apesar disso, a circular técnica do Siga ressalta que a expectativa para a safra é de uma boa produtividade, considerando as chuvas regulares e o ataque de pragas ainda considerado baixo, em relação à safra passada.

A estiagem em setembro e outubro, que atrasou o início do plantio em todo o estado, não deve acarretar grandes perdas, conforme os técnicos, já que poucos produtores arriscaram plantar com a umidade do solo baixa, ocorrendo a necessidade de replantio de áreas pequenas em alguns municípios.

Porém, o relatório  alerta que o atraso na finalização do plantio da soja pode afetar a safra de milho, com boa parte da área do estado sendo semeada fora da faixa ideal do zoneamento-agroclimático, o que pode comprometer a produtividade da cultura.