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Preço do suíno vivo aumenta 27% em relação a maio de 20

/ SUÍNO

Nos últimos dois anos, remuneração ao suinocultor foi baixa diante dos custos

Dois anos depois de perdas acumuladas, os suinocultores comemoram o bom preço pago pelo suíno vivo no Brasil. A alta no mês de maio foi de 27% em relação ao mesmo período do ano passado, e a exportação já supera a marca de 30 mil toneladas, com expectativa de que ultrapasse 50 mil toneladas até o fim do ano.

Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Eduardo Vargas, o verão de 2013 foi um dos responsáveis pela subida dos preços.

─ O verão foi bastante rigoroso, com a diminuição do cio das fêmeas e o número de leitões por fêmea, tendo assim uma diminuição na produção de carne – explica Vargas.

Outro fator que mexeu com o preço do mercado foi o comportamento atípico da Ucrânia. O país europeu, responsável por 20% das exportações suínas, deixou de comprar carne entre março e junho de 2013. No entanto, quando voltou a negociar com o Brasil, comprou o dobro do que o normal.

─ Naquele momento que voltamos a exportar para a Ucrânia já tínhamos transferido a produção da Ucrânia para outros países e tivemos um aumento de demanda com a mesma oferta, criando assim uma reação de preços – acrescenta o vice-presidente.

O setor chegou ao fim de 2013 sem estoques e, quando esperava uma diminuição do consumo, o aumento do preço da carne bovina fez o consumidor nacional migrar para a carne suína. Todos esses fatores combinados ajudam a explicar a alta do preço no mês de maio. Segundo analistas, o mercado agora está estável e deve permanecer até o fim do ano, o que é uma boa notícia para os produtores, já que os preços dos insumos permanecem altos.

Os custos com os insumos permanecem altos, mas segundo o analista, os preços remuneradores estão compensando para o produtor.

– Não existe um sinal de que o mercado suíno vá se desestabilizar, primeiro porque nós trabalhamos com a hipótese de que não vai haver embargo na carne suína. Pelo contrário, há possibilidade de que a gente consiga exportar mais volumes em função do problema de produção dos Estados Unidos. Se o mercado externo continuar se comportando bem como o esperado, o natural é esperar um ano bom em termos de preços, sem altos e baixos – explica o analista Cesar Castro Alves.

 

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