Presidente da Abraleite propõe reativação de indústrias em MS
Diante do cenário exposto por produtores rurais ao presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite – Abraleite, Geraldo Borges, o dirigente junto à deputada federal Tereza Cristina, propuseram a possibilidade da reativação de duas plantas industriais desativadas para beneficiamente do leite em Mato Grosso do Sul, uma em Terenos e outra em São Gabriel do Oeste. A proposta veio à tona nesta quinta-feira (25), durante a reunião com mais de 40 produtores rurais, no Sindicato Rural de Campo Grande.
“A possibilidade de reativar as plantas precisa ser trabalhada, seja atraindo uma empresa com credibilidade ou mesmo com a formação de uma cooperativa entre os próprios produtores, mas alguma coisa precisa ser feita com urgência”, relata o presidente da Abraleite.
Concordando com Borges, Tereza Cristina, ressaltou a importância dos produtores se mobilizarem. “A solução para o cenário negativo que a cadeia do leite se encontra vai sair daqui, entre os produtores, não sairá de Brasília. Vocês precisam se reunir, elencar as prioridades e chamar o poder público para dentro, seja para contribuírem com a legislação municipal, estadual ou federal”, direcionou aos produtores. “A grande vantagem que agora vocês contam com uma entidade que levará as demandas diretamente aos parlamentares federais, a Abraleite. Essa representatividade não existia até o ano passado”, pontua.
O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Ruy Fachini Filho, lamenta o estado do setor. “As queixas são grandes por todos os produtores, o que é bastante natural, uma vez que os custos estão elevados e está cada vez mais difícil produtor que não esteja no vermelho”.
Como solução o diretor do Sindicato Rural de Campo Grande e presidente do Conseleite, Wilson Igi, aponta que a união entre todos envolvidos no setor seja primordial. “Estamos em contato direto com o Governo do Estado, em busca de solução. Entre as alternativas mais recentes que buscamos, está a descrição correta do queijo artesanal em lei, para que possa ser comercializado, principalmente em momento de desvalorização do leite”, afirma Igi.
Entre altos e baixos a produtora de leite, Aurora Real, aponta que são necessárias algumas atitudes urgentes. “De imediato precisamos rever o volume de leite que entra no nosso Estado e entender como sair das ameaças do setor, como os custos, as leis e outros fatores que emperram o desenvolvimento. Precisamos de união e estratégias. Temos mania de ficar da porteira para dentro, com sofrimento grande e intenso, mas também legítimo, mas é hora de sair porteira à fora e buscarmos solução, uma dela é unirmos forças com a Abraleite”, finaliza Aurora.
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Diego Silva
Agro Agência Assessoria
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