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Produtividade, desafios e crescimento: balanço do SRCG sobre o Agro 2024

/ PECUÁRIA
A atuação do sindicato em diversas frentes evidenciou a busca por soluções

O vice-presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Eduardo Monreal, destacou em recente entrevista ao jornal A Crítica, o saldo produtivo e os desafios enfrentados pelo setor agropecuário em 2024. A atuação do sindicato em diversas frentes evidenciou a busca por soluções para questões críticas, como queda de energia, capacitação de mão de obra e sustentabilidade na suinocultura, além de enfrentar os impactos climáticos e pragas que afetaram as propriedades rurais.

 

Monreal apontou as articulações do sindicato junto à Energisa, concessionária de energia elétrica, para melhorar o atendimento nas áreas rurais. “Tivemos uma busca de melhor atendimento em função de quedas de energia nas propriedades rurais aqui em Campo Grande, Rochedo e Corguinho. Foi uma demanda importante, e seguimos em diálogo para melhorias”, afirmou.

 

O vice-presidente também celebrou a atuação do SRCG em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) na promoção de cursos técnicos. Com foco nas áreas de florestas e agricultura, a capacitação tem sido estratégica para preparar jovens e atender à crescente demanda de empresas que se estabelecem no estado. “Isso movimenta o jovem para que ele tenha uma maior capacitação e uma melhor inserção no mercado de trabalho”, explicou.

 

O Interagro, evento anual que conecta produtores e promove inovação no setor, foi destacado como um marco. “Foi o maior evento junto à comunidade de produtores e reforçou a relevância do agro para a economia local”, pontuou Monreal.

 

Outro ponto alto foi o crescimento expressivo da suinocultura, impulsionado por regulamentações ambientais e a expansão das exportações. “A suinocultura está alcançando um lugar que, acredito, vai rivalizar com o frango. Isso gera grandes divisas de dólares para o estado e fortalece nossa economia”, ressaltou.

 

Os fenômenos climáticos, como o veranico – período de estiagem durante o verão –, têm imposto desafios adicionais ao campo. “Com as altas temperaturas, o solo chega a 70 graus, dificultando a permanência da água no sistema e causando déficit hídrico. Isso é deletério para as culturas, provocando abortamento de vagens e redução da produtividade”, explicou.

 

Além disso, Monreal chamou atenção para o impacto das pragas, como o ataque de lagartas em pastagens, que prejudicou a recuperação das áreas e exigiu ação rápida dos produtores. “A lagarta foi uma questão gravíssima em dezembro. Quem não conseguiu conter rapidamente os ataques teve perdas significativas. Nos trópicos, o produtor precisa lidar com essas adversidades com mais frequência.”

 

O balanço do vice-presidente do SRCG reforça a resiliência dos produtores rurais diante de desafios contínuos. As ações do sindicato, somadas ao engajamento dos produtores, têm permitido avanços significativos, apesar das adversidades.

 

“Cada ano traz uma penitência ao produtor, mas seguimos trabalhando para oferecer soluções e fomentar o desenvolvimento do setor. O ano foi produtivo, e estamos preparados para seguir avançando em 2025”, concluiu Monreal.