Produtor de leite precisa ser eficiente para se manter na atividade, diz assessor da CNA
Eficiência, palavra que deve definir a atividade leiteira de acordo com o assessor técnico em Pecuária de Leite na CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Thiago Francisco Rodrigues. Ele participou do 22º Encontro Técnico do Leite realizado pelo Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho e conversou com produtores sobre a viabilidade econômica da produção.
“O produtor hoje que não for eficiente está fadado a sofrer os males da ingerência do próprio negócio. O primeiro ponto que a gente sempre alerta é que é preciso ter conhecimento do seu negócio, da porteira para dentro é preciso saber exatamente o que acontece”, disse o representante da CNA ao destacar que mais do que nunca o produtor precisa levar a atividade na ponta do lápis.
Thiago destaca que o produtor precisa saber exatamente quais os gargalos de sua atividade, tanto econômicos quanto técnicos, para que ele tome decisões sobre continuar ou não na atividade. Além disso, aponta a assistência técnica como essencial para que o produtor consiga a transformação do seu negócio.
“A assistência técnica pode realmente ajudar a direcionar a atividade, trazer benefícios e retorno econômico. O produtor geralmente sobrevive no curto prazo, sem enxergar todo os fatores e essa analogia ele não vai conseguir fazer sozinho, precisa de uma assistência técnica para isso, como o Senar que é uma iniciativa que está aberta para auxiliar o produtor a ter outra visão”, destaca Thiago.
Cenário regional
O Assessor técnico em pecuária leiteira destaca que Mato Grosso do Sul tem uma peculiaridade onde a pecuária de corte é muito forte, o que acaba por produtores não focarem sua atividade realmente no leite. “O produtor fica preso a um sistema de subsistência com animais oriundos do corte, tirando o que der de leite, com necessidade de entregar ao laticínio como renda extra, mas geralmente o que interessa para ele é a renda de bezerros que vai equilibrar o fluxo de caixa”.
Para ele, mudar essa chave é essencial para o produtor que tem o desafio de gerir bem três itens: preço, custo e eficiência produtiva. “O único que não está na mão do produtor é o preço, onde ele mais briga, se ele transferir essa garra que ele tem por buscar preços melhores, para trabalhar com controle de custos e melhorar eficiência produtiva, ele consegue reverter a situação. O produtor ter consciência de que o negócio dele é mais do que só brigar por preço, se envolver com a atividade, trabalhar com o desafio que ela te impõe no dia a dia”.