Produtores de leite e representantes da indústria elaboram documento para o Governo do Estado de MS
Representantes do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite em Mato Grosso do Sul (Conseleite), elaboraram documento ao governo do estado com propostas para melhorar a competitividade da matéria-prima e subprodutos produzidos no MS.
A reunião aconteceu na sede da Famasul, e teve como finalidade definir ações da cadeia do leite e propor melhorias para aquecer o segmento, que vem enfrentando dificuldades. Durante o encontro, foi elaborado um documento com as principais reivindicações e gargalos do segmento para ser encaminhado ao governador Reinaldo Azambuja e à Assembleia Legislativa.
“Nossa ideia foi formatar um encontro com as principais questões do setor, para que o Governo nos ajude a tomar providências urgentes, para alavancar o setor e manter os produtores na atividade”, sinaliza o vice-presidente do Conseleite e diretor do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, Wilson Igi.
“O objetivo desse documento é mostrar nossas dificuldades para o governador e nossos deputados para que juntos possamos encontrar soluções e melhorar a situação da cadeia do leite. Entre os temas que serão abordados na reunião estão a forte queda da produção de leite no Estado, fechamento de algumas indústrias e abandono do produtor rural da atividade leiteira”, explicou a presidente do Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul), Milene Nantes.
Ela informou que também integram a pauta o Conseleite e as instruções normativas 66 e 67 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “A instrução normativa 76 trata dos produtos leite cru refrigerado, leite pasteurizado e leite pasteurizado tipo A, enquanto a instrução normativa 77 regulamenta sobre a inspeção sanitária da obtenção, acondicionamento e transporte do leite cru até a recepção em estabelecimento registrado no serviço de inspeção oficial”, detalhou.
Na avaliação da presidente do Silems, as instruções normativas, que já estão em vigor, trazem uma responsabilidade ainda maior para o empresário. “As boas práticas agropecuárias com relação ao manejo do gado para a produção de leite não deveria ser uma atribuição da indústria, mas do produtor rural. Então nós vamos apresentar essas dificuldades para o governador e para os nossos deputados porque é uma responsabilidade que não pode ser nossa”, conclui.
Texto e foto: Diego Silva - Agro Agência