Produtores de MS podem exportar touros e embriões para Índia
Interessados em acessar o edital devem procurar o SRCG
O adido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na Índia, Dalci Bagolin, apresentou ao presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Alessandro Coelho, a oportunidade de pecuaristas e empresários exportarem embriões, sêmen, e touros de raças leiteiras para o governo indiano. O processo licitatório está aberto até a próxima terça-feira (22).
As demandas específicas são para embriões e sêmen de gado Gir leiteiro e de touros da raça Sindi. Produtores rurais que tenham volume e interesse no processo de exportação, devem procurar o SRCG para acessar ao edital e candidatar à licitação.
Segundo o adido não se trata de algo tão simples, mas é possível e viável. “O primeiro passo seria achar um parceiro indiano, que é um dos requisitos do edital. Isso é um pouco complicado”, explica.
De acordo com Alessandro Coelho, o interesse demonstrado pela genética de produtores brasileiro é grande.
“Existe uma demanda absurda, com licitação do governo indiano aberta para adquirir produtos do Brasil. Esperamos que os produtores brasileiros, em especial do Mato Grosso do Sul, aproveitem porque somos grandes produtores de genética e grandes produtores de tecnologia de embriões. Precisamos ficar atentos e atender esse mercado, tenho certeza que uma vez aberta, essa porteira não se fecha mais. É um dos maiores mercados do mundo”.
Além da exportação genética Alessandro abordou com o adido outros interesses dos indianos. “Eles têm uma demanda gigantesca na parte de nutrição animal, trabalham muito com produtos fitoterápicos, na parte de homeopatia voltada à alimentação animal, para que se tenha combate de parasitas de uma forma mais natural. A população indiana costuma consumir produtos que não sejam geneticamente modificados, produtos mais naturais, esse é o viés principal da Índia. E Mato Grosso do Sul tem grandes empresas e grandes produtores, que podem fornecer todos esses materiais”, finaliza o presidente.
Diego Silva/ Agro Agência