Produtores e representantes de instituições ligadas ao setor lácteo discutem incentivo ao queijo artesanal em MS
“Diante do cenário em que se encontra o leite, produzir o queijo é uma alternativa altamente viável para o produtor”, disse o diretor do Sindicato Rural de Campo Grande e vice-presidente do Conseleite/MS, Wilson Igi, na manhã desta sexta-feira (20).
Participaram da reunião, na sede do Sindicato Rural de Campo Grande, produtores de leite, e representantes da IAGRO - Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SEMAGRO- Secretaria de Produção e Agricultura Familiar de MS, AGRAER - Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, FAMASUL – Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, SEBRAE,
A baixa no preço leite, a queda de captação, o fechamento de mercado e as barreiras tributárias para escoar a produção estão entre as principais dificuldades enfrentadas pelo setor em Mato Grosso do Sul. Por conta disso, muitos produtores estão abandonando a atividade.
Para evitar que mais produtores migrem para outros setores, a intenção é ampliar o mercado da produção de queijos artesanais em MS.
Cada órgão participou com esclarecimentos e propostas para incentivar a produção e torna-la viável e competitiva. Entre os principais pontos discutidos, estão a legislação, fabricação, classificação e comercialização.
Em 2004, foi aprovada a lei 2.820, na Assembleia Legislativa do Estado, que normatiza a fabricação de queijos artesanais em MS. Mas não foi regulamentada, segundo Marcos Camargo, chefe do Núcleo de Leite da IAGRO. “Faltam estudos que possam viabilizar a regulamentação desta lei, o que ainda não foi feito, já que isto demanda verba”.
“Com essa reunião, começaremos a traçar rumos para resolver os entraves da atividade. Vamos buscar, além das parcerias já firmadas, uma negociação com o governo do Estado para desburocratizar e incentivar a produção, para que tenhamos qualidade e competitividade”, afirmou Igi.
O produtor de queijos, José Gervásio, relatou a experiência na produção e comercialização. “Precisamos de leis, de ações, de negociações que favoreçam a produção e o produtor, que facilitem quem queira trabalhar. Discutir saídas para que isso aconteça é um pequeno passo para melhorar a cadeia.”