Produtores rurais abrem as comemorações do dia mundial da água
Cerca de 5 mil mudas serão plantadas em nascentes de Campo Grande
Na semana em que se comemora o dia mundial da água a Associação de Recuperação, Conservação da Bacia do Guariroba (ARCP), reuniu parceiros do programa com o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande (SRCG), Alessandro Coelho, para discutir demandas da Associação. Na oportunidade foram apresentadas iniciativas dos produtores rurais para a recuperação da Bacia do Guariroba. O evento ocorreu na sede do SRCG, nesta segunda-feira (18).
De acordo com Alessandro é fundamental a discussão de pautas ligadas ao uso consciente e racional da água. “A ciência tem provado por meio de números a preocupação do produtor rural com a água. As diferentes estratégias sustentáveis, têm feito da agropecuária um setor exemplar na manutenção e recuperação de nascentes e rios, que cortam Mato Grosso do Sul. O projeto que reúne produtores na recuperação do Guariroba é um prova disso”, relata.
De acordo com a empresária rural e vice-presidente da ARCP, Cristina Possari, está semana é importante para mostrar à população os trabalhos relevantes desenvolvidos pela ARCP.
“Esta programação da semana da água tem como objetivo mostrar para população de Campo Grande quais são ações a ARCP vêm desenvolvendo na Bacia do Guariroba, unindo: produtores, com auxílio do Sindicato Rural de Campo Grande, representantes da Agência Nacional de Águas, WWF e prefeitura. Foi muito produtivo o evento desta segunda-feira, podemos levantar vários indicativos de como proceder a partir de agora, e mostrar a sociedade o nosso papel, o que já fizemos até agora e como isso já reflete na melhoria de nossa água“, pontua a produtora Cristina Possari, referindo-se ao evento que aconteceu nesta segunda-feira.
O presidente da ARCP, Claudinei Menezes, apresentou dados do setor e toda a programação especial da semana.
“A ARCP programou uma série de eventos que acontecerão durante esta semana, ocasião para falarmos sobre a água. Iniciamos hoje no Sindicato para falar com o presidente e com os demais parceiros da associação, como a WWF, UFMS e o IIRD, na terça-feira vamos até a Câmara dos Vereadores da capital entregar um projeto e apresentar a Associação; na quarta estaremos na UFMS, junto com os produtores e professores da Universidade, onde vai ser repassado todos os estudos feitos nos últimos anos em relação à preservação da água”, sinalizou o presidente.
“Na quinta vamos na Escola Municipal Wilson Taveiras, falar sobre a Bacia do Guariroba para os alunos, na parte da tarde teremos um evento de plantio de mudas em uma nascente, quando serão plantadas aproximadamente 5 mil mudas. E encerrando a semana estaremos, sexta na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, para apresentar nossas demandas aos deputados”, completa Claudinei Menezes.
Ainda de acordo com o Claudinei, os trabalhos feitos até aqui foram positivos, e um dos objetivos para o futuro é trabalhar a educação ambiental.
“Nos últimos dois anos plantamos 64 hectares com árvores, além da restauração nas nascentes e nos córregos do Guariroba. Para os próximos anos elaboramos mais sete projetos, para buscarmos parceiros e investir na bacia, estamos bastante preocupados com a educação ambiental, queremos sinalizar toda a área, com placas indicativas e educativas a respeito do meio ambiente, preservação da água e da importância do Guariroba para Campo Grande. Outra iniciativa é depois estender este projeto de visita à escola, para todas as demais de Campo Grande”, revela.
Para a analista de conservação do WWF Brasil, Flávia Araújo, a parceria no programa vem dando resultados, e que mais parceiros colaborando o diagnóstico seria ainda mais positivo.
“Já é possível ver muitos resultados, são vários hectares recuperados, principalmente nas nascentes e áreas de APP´s, dados apresentados pela universidade, mostram resultados na quantidade e qualidade da água no manancial”, aponta a representante da Ong.
Já a professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Letícia Couto, destacou a parceria da UFMS com os produtores de água. “Estamos desenvolvendo trabalhos de pesquisas no APA do Guariroba, com alunos de mestrados, iniciação científica e doutorados ligados a estas áreas. A ideia é que a universidade dê subsídios e informações para que esta técnica seja melhorada e que haja diminuição de custos, tornando mais efetiva a restauração”, finaliza.
Wesley Alexandre - Estágiário
Agro Agência Assessoria