Retirada de vacinação pode abrir mercado internacional para suinocultura de MS, aponta Iagro
A suinocultura em Mato Grosso do Sul vive um momento promissor de expansão e, segundo a Iagro, a retirada da vacinação contra a febre aftosa pode abrir portas para o mercado internacional, permitindo que o setor atenda a demandas globais. Atualmente, a produção sul-mato-grossense é destinada apenas ao mercado interno, com vendas para outros estados, mas a mudança prometida para o próximo ano representa uma oportunidade para posicionar o estado como referência mundial. Esse cenário de crescimento foi tema do IV Simpósio Abraves MS.
Durante o evento, o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, destacou as expectativas para o setor, indicando que as mudanças na suinocultura estadual estão apenas começando. “Eu vejo como um grande momento da suinocultura, em Brasília já está em discussão o pleito de livre de aftosa, sem vacinação. Será julgado em maio de 2025, não sei o dia exato, mas tenho certeza de uma coisa: no momento que for anunciado, nossa suinocultura passará a vender para o mundo inteiro. O setor terá um crescimento extremamente expressivo a partir do ano que vem”, afirmou Ingold, ressaltando o trabalho conjunto entre o governo e as entidades para impulsionar esse cenário.
O presidente da ABRAVES-MS enfatizou a importância do evento e do avanço das políticas de sanidade animal para a suinocultura estadual.
“O IV Simpósio Abraves MS foi uma oportunidade de reforçar o potencial único da suinocultura sul-mato-grossense. Discutimos temas fundamentais como sanidade e biosseguridade, essenciais para garantir um crescimento sustentável do setor. O interesse crescente de investidores e o engajamento dos produtores mostram que Mato Grosso do Sul está preparado para se consolidar como uma referência no mercado de suínos, atendendo a padrões cada vez mais exigentes. É uma satisfação ver o setor avançar com tanta força e comprometimento”, afirmou.
A diretora da Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (ASUMAS), Eleiza Morais, também reforçou o potencial de expansão e o impacto das iniciativas voltadas para a sanidade animal, como a retirada da vacina, que posiciona o Estado como referência sanitária e atrai novos investidores.
“A retirada da vacina foi uma porta infinita para o Mato Grosso do Sul. Desde quando o Estado começou a trabalhar nisso, vimos um movimento muito grande de todos os estados e várias empresas querendo vir para cá”, explicou Eleiza. “Eu acredito que podemos até dobrar o número de matrizes, pois o cenário é muito promissor. Essa questão da aftosa foi fundamental para atrair mais investidores e negócios para o Estado. É a peça principal para o desenvolvimento da nossa suinocultura”.
O vice-presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, Eduardo Monreal, destacou o momento de transformação que vive a suinocultura sul-mato-grossense. "Com um cenário sanitário mais fortalecido e o impulso de novos investimentos, a suinocultura de Mato Grosso do Sul está pronta para um salto de crescimento. Estamos focados em atender às exigências de um mercado em transformação, ao mesmo tempo em que contribuímos de forma significativa para o desenvolvimento econômico regional”.
Wesley Alexandre - Agro Agência