Uma nova visão administrativa
Uma das preocupações que o deputado federal Reinaldo Azambuja,
hoje eleito governador, já expressava e cobrava de algumas pessoas que lhe
ajudavam na elaboração do Plano de Governo, era a complementação dos
Estudos do Zoneamento Econômico Ecológico, Tratamento prioritário de
Bacias Hidrográficas e a Desburocratização e Descentralização do
Licenciamento Ambiental.
Na área ambiental, diríamos que é impossível a dissociação dessas
atividades, portanto, mais uma vez o então candidato a governador, deputado
Reinaldo, manifestava a sua visão administrativa, também levando sempre em
consideração um de seus ditados, segundo o qual “ouvindo mais se erra
Complementando, recomendava ele, deveria o gestor público ouvir e
reorganizar a participação dos setores da sociedade, reavivando os conselhos,
os quais mereciam o reconhecimento por suas idoneidades e participação dos
representantes e representados das organizações que deles fazem parte.
As complementações dos sistemas administrativos são
regulamentadas por leis (Assembleia Legislativa) decretos (Poder Executivo,
de preferência com consulta aos conselhos), resoluções (secretariado e
conselhos) e portarias, que dão o respaldo legal para uma administração
pública da cidadania e do direito.
Nesse aspeto, o CECA (Conselho Estadual de Controle Ambiental),
juntamente com o CERH (Conselho Estadual de Recursos Hídricos), permite
que exista a participação da
Acreditamos que a sociedade organizada, da qual me considero
parte, ora como representante do CREA (CMMA), outra como representante do
SRCG (no CERH – Famasul), ou do Instituto dos Engenheiros do MS no
CECA, (que não funcionou por dois anos), está disposta, assim como nós, a
trabalhar ao lado do governador, pois certamente haverá um canal de
comunicação por parte do governo a essas instituições, dando a devida
atenção às nossas correspondências e manifestações.
Como agentes envolvidos e partícipes do desenvolvimento
sustentável, representantes dos usuários e da sociedade organizada, temos a
certeza de que fazendo a nossa parte, contribuindo com criticas
fundamentadas, apresentando sugestões de correção que se julgadas
possíveis de implementar sejam materializadas – e em caso contrário
certamente serão objeto de manifestação por parte de seus assessores –,
nossa participação será transformada em uma estrada de desenvolvimento de
mão-dupla.
A contínua revisão do Manual de Licenciamento Ambiental e a
implantação de tecnologias, com a alteração de algumas leis e normas técnicas
que são necessárias, agilizariam e estimulariam a regularização ambiental.
Nessa esteira está a substituição de decreto e resoluções feitas no afogadilho
de final de gestão, revisão das altas taxas ambientais cobradas e a criação de
uma conta específica para o IMASUL, além de muitas outras sugestões
contemplando a meritrocacia e o engajamento dos funcionários públicos na
metodologia de trabalho.
Ramão Jardim é engenheiro agrônomo, especialista em Gestão
Ambiental e assessor técnico do Sindicato Rural de Campo Grande e
presidente do CMMA - Conselho Municipal de Meio Ambiente.