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Vamos manter o futebol como esporte

/ SINDICAL

                                                                                           Waldir Guerra *

 

Você gosta de futebol? Eu também, e muito. Aliás, das primeiras lembranças que a minha memória guarda são imagens vendo-me correndo atrás de uma bola. Não somente nós homens, mas até mesmo meninas na sua infância se encantaram brincando com uma bola.

O Futebol é a prática esportiva mais popular na maioria dos países. É também responsável por atrair o maior número de torcedores que todas as demais modalidades esportivas.

A Wikipédia o descreve assim: “O jogo de futebol foi criado na Inglaterra em 1863 com a formação da Football Association e lá foram criadas as normas do desporto na atualidade. Hoje o órgão regente do futebol é a Fédération Internationale de Football Association, mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos”.

Com certeza, então, é a prática mais popular no mundo todo, mas no Brasil não é apenas isso, aqui é mais que uma prática esportiva, aqui é uma “Paixão Nacional”. Tanto que são poucas as pessoas que não têm um “time do coração”.

Agora, quando se trata de Seleção Brasileira, aí é tudo coração mesmo; e para todos os brasileiros indistintamente.   

Hoje vejo na imprensa esportiva discussões acaloradas acerca daquela demonstração de selvageria no jogo de futebol entre o Atlético Paranaense e o Vasco que aconteceu na cidade de Joinville (SC) no domingo, dia 08/12/2013.

Li os comentários nos jornais contra as torcidas organizadas pedindo que sejam extintas e proibidas de entrar nos estádios, assim como, li também alguns comentários que isentam as tais torcidas organizadas e tentam justificar como hoje se explicam as ações dos Black Blocs ao invadirem as passeatas pacíficas para destruir propriedades.

Não tem nada a ver uma coisa com outra. Primeiro porque o Black Blocs está a mando de interesses políticos para desmoralizar a passeata pacífica. Ele é uma organização que se propõe promover o quebra-quebra; sua finalidade é essa. Enquanto as torcidas organizadas, em suas propostas, são montadas para organizar torcidas a fim de incentivar seus times e organizar cânticos.

Sim, mas de quem é a culpa, então? Claro, a culpa maior é daqueles que, dentro dessas torcidas organizadas, cometem os crimes, mas têm culpa também a diretoria do clube que permite esses exageros e temos culpa todos nós: policiais, procuradores, juízes e cidadãos comuns que ficamos reclamando e pouco fazemos para dar um basta nisso.

Não só no futebol, mas precisamos dar um basta em todas as modalidades de violência dentro do esporte. Comecemos por deixar de prestigiar o que a TV pretende introduzir agora no país, a luta WWE. Essa luta não tem nada com esporte, tem tudo com estímulo à violência e que contraria tudo o que estamos ensinando às nossas crianças.

A própria Wikipédia mostra onde estão os interesses nessa propaganda: “WWE é uma companhia pública americana na Bolsa de Valores, mas aproximadamente 70% da empresa pertencem a um particular (Vincent Kennedy Mc Mahon)”.

Se a luta para banir o boxe das Olimpíadas já está sendo dura, melhor abrir os olhos enquanto é cedo com o WWE.

Sei que gostas de futebol, então ajude a mantê-lo apenas como esporte, assim como aquele que você lembra ter se divertido muito na sua infância.

 

* Membro da Academia Douradense de Letras; foi vereador, secretário do Estado e deputado federal. E-mail: wguerra@terra.com.br