DIVERSOS | 01/10/2021

Daniel Ingold esclarece retirada da vacina contra aftosa

O Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho – SRCG, promoveu um café da manhã com produtores rurais e o presidente da IAGRO – Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, Daniel Ingold, para sanar dúvidas sobre o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que detalha a retirada da vacina contra aftosa em Mato Grosso do Sul.

 

Segundo Ingold, o calendário continua inalterado. Os pecuaristas de Mato Grosso do Sul farão a vacinação em novembro, dos animais de até 24 meses da região do Planalto e os optantes do Pantanal. Em 2022 a vacinação vai ocorrer normalmente em maio, que é a vacinação de 100% do rebanho e optantes do Pantanal. “E a previsão é de novembro de 2022, vacinaremos o restante dos animais, de até 24 meses e os optantes do Pantanal. O que está se discutindo é se a vacina de novembro de 2022 será a última vacina, mas isso depende ainda do crivo do Ministério da Agricultura, não se tira vacina independente ou de ordem estadual, isso é ordem do planejamento do Ministério, a retirada precisa ter sustentabilidade sanitária e segurança, para retirar a vacinação da melhor forma possível,” esclarece o presidente da Iagro.

 

Durante o café da manhã o presidente também foi questionado sobre as demais vacinas, como a da brucelose, por exemplo. De acordo com ele seguem normalmente. “As demais vacinas continuam igual, temos um calendário de vacinação e ele continua inalterado, o que nós temos na prática, é que o produtor acaba, por exemplo, em maio, vacinando tudo junto. O calendário é feito em cima da vacina obrigatória, que é da aftosa, agora tem que se adequar isso e, no futuro, apresentarmos calendários que vão seguir a mesma linha, sem a aftosa,” esclareceu.

 

Sobre o Laboratório de Diagnósticos de Doenças Animais e Análises de Alimentos – Laddan, Ingold aproveitou a oportunidade para sinalizar que foi descredenciado em 2015, mas que o Governo de MS, em uma ação conjunta da Iagro, Mapa, Inmetro e a Semagro, possibilitou o recredenciamento. “Só que o laboratório funciona por escopos, então agora ele está no escopo de anemia infecciosa e mormo. Em outubro, manteremos o escopo, para avaliações ligadas à análise de ELISA, vamos credenciar ele para Peste Suína e Aujeszky. Vamos crescendo, dentro de um planejamento, para gente voltar com força, a operar nas questões ligadas ao laboratório da Iagro, que é o Laddan.”

 

O presidente da Iagro lembra o produtor das vantagens da retirada da vacina e da cautela necessária que o tema exige. “Nossa recomendação é para que o produtor se envolva. O fundamental desse plano não é a retirada da vacina, é a elevação do status sanitário, o objetivo final é o produtor rural, e sem o apoio do produtor não há como se trabalhar. Alcançando esse status, vamos valorizar o produto, dinamizar a cadeia produtiva como um todo, vamos elevar o Produto Interno Bruto, as cidades serão beneficiadas e as expectativas de faturamento do estado será muito maior. Então é uma questão de sociedade e o produtor é a grande chave para gente poder caminhar rumo a isso”, finaliza Daniel Ingold.

 

Diego Silva / Agro Agência

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